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Publicado: Terça-feira, 18 de outubro de 2005

O governo e a competitividade

O relatório de competitividade global divulgado no final de setembro pela World Economic Fórum (WEF) em que foram avaliadas a economia de 117 países, mostrou a queda do Brasil da 57.a. posição para a 65.a. posição, ou seja uma queda de 8 posições.
Ficamos atrás de países como El Salvador, Colômbia, Gana, Namíbia, Chile, Uruguai, etc.
Os fatores que mais pesaram para a nossa queda foram os aumentos da corrupção e pagamentos de propinas para deslanchar novos negócios, ocasionados pelo excesso da burocracia para se abrir e fechar empresas, além da lentidão do poder judiciário.

Outro fator importante a destacar é que apesar de toda a propaganda oficial do Governo Lula sobre a estabilidade econômica com um forte ajuste fiscal, não é esta a leitura feita, porque temos as maiores taxas de juros do planeta e com isto todo o esforço do governo é para pagar Juros e não para tornar a economia mais competitiva.
O governo deveria realizar um forte ajuste fiscal para investir em infra-estrutura, educação, saúde, etc.
Só para se ter uma idéia da incompetência deste governo, no item Desperdício de Recursos Públicos, o Brasil ocupa a 111.a. posição entre 117 países.

A pergunta que deixo no ar? Como poderemos ser competitivos tendo este mix de legislação caótica com uma burocracia que consome 3% do faturamento das empresas em média, além de ter a maior taxa de juros do planeta?

Qual a conseqüência política e econômica para o país?
- vamos crescer novamente abaixo da média mundial e segundo o FMI os juros ajudam e muito a puxar para baixo esse crescimento;
- o FMI prevê crescimento de 3,5% para o Brasil, contra uma média mundial de 4,3%. A média da América Latina é de 4,1%. neste ano, com a Venezuela crescendo a 7,8%, a Argentina 7,5%, Uruguai 6%, isto sem contar a China com 9% e Índia 7% - Fonte Folha de São Paulo.
- o governo Lula diz que as elites torcem contra o seu governo, mas graças a sua política de juros altos que o sistema financeiro tem os maiores lucros de toda a sua história, então é o contrário caro presidente, as elites que detem o poder estão super satisfeitas com a sua política econômica, ao contrário da classe produtora e dos trabalhadores;
- o país pagara este ano $ 127 bilhões de juros, 60% a mais que em 2004 e o próprio vice-presidente José Alencar em entrevista disse ser contra esta insanidade e que se o Banco Central abaixasse a taxa Selic para 10% ao ano, teríamos economizado nestes três anos de Governo Lula mais de $ 200 bilhões de reais, dinheiro que daria para ter sido investido no país e não para deixar mais rico os investidores de plantão.

Por isto vemos agora todo um trabalho para conquistar o mercado externo da pecuária ser jogado no lixo pela não liberação de verbas para o combate da febre aftosa e o presidente vem a público contradizer o seu ministro da agricultura, dizendo que a verba foi liberada, o que é uma mentira para quem acompanha a liberação de recursos da união.

Para terminar estes pensamentos, deixo no ar a pergunta, para todos os empresários que lutam diariamente pela sua sobrevivência, de como vencer com este governo do PT.

È muito fácil, ser empreendedor, vide o exemplo do filho do presidente, o Lulinha.
Primeiro, Lula considerou "normal" a sociedade de seu filho Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, com a Telemar, a maior empresa de telefonia do país. Depois, em discurso indignado, disse ser alvo de um "golpe baixo" da imprensa destinado a "invadir sua vida privada". Asafirmações do presidente encerram dois equívocos. O primeiro: a operação que resultou na injeção de 5,2 milhões de reais por parte da gigante Telemar na nanica Gamecorp - a empresa de Lulinha e seus sócios, Kalil e Fernando Bittar - não é nada normal. Se fosse, não teria sido caprichosamente montada com o propósito de permanecer em sigilo, como revelou VEJA.

Vavá Lula, irmão mais velho do presidente como é conhecido, já foi operário, metalúrgico e funcionário público. Hoje, aos 64 anos e aposentado, decidiu investir em nova atividade. Desde o início do ano, ele mantém um escritório no 3º andar de um prédio comercial em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para ajudar empresários a negociar com órgãos do governo e Lula como sempre nada sabia.

Depois o governo veta a Lei Geral das Micro e Pequena Empresas, que aumenta o limite de faturamento destas empresas e como conseqüência vai deixar de gerar mais empregos, menos impostos, mais renda e menos burocracia.

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