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Publicado: Quinta-feira, 10 de março de 2011

O educador é o arquiteto de uma sociedade justa

A educação é fator que determina o sucesso e a ascensão de um país.

Todo mundo sabe disso.

A educação é tudo.

Em São Paulo, a cidade mais importante do país, não há importância para a educação.

Aluno bonzinho, e criança que não seja irriquieta, que não dê trabalho, que entre na sala de aula apenas para absorver os conhecimentos, que os professores vão despejar em cima deles, não existe.

Criança e adolescente brigam, ficam de mal e de bem com a mesma facilidade. Dão trabalho, exigem atenção e, sobretudo, respeito e bons exemplos. Tudo que não existe na escola pública de São Paulo.

Na mão de educadores com verba suficiente para uma escola de primeiro mundo, teríamos um Brasil varonil, e bem resolvido, um país merecedor de ocupar lugar de país bem desenvolvido. Invertemos a ordem, passamos a dar a prioridade para o professor, eleito pela imprensa como o abnegado, o herói que é refém de alunos bandidos, perigosos e agressivos.

O educador esquecido e foi se tornando a minoria na escola. A banda podre dos maus professores se tornou a dona da situação.

A imprensa demonizou o aluno de escola pública de um jeito que ele passou a ser considerado o problema dela.

Da mesma maneira que um educador forma cidadão de bem e é o arquiteto de uma sociedade justa, o mau professor é o vírus que devassa e aniquila a esperança de pais e alunos.

Como não existe um número suficiente de alunos bonzinhos, santinhos, e que não contestam nada e não reclamam, passaram a ofender a família e responsabilizá-la pelo fracasso da escola.

Em 2005, São Paulo fechou 300 escolas. Agora não temos nenhuma escola, nenhuma mesmo, que não tenha turno ou salas fechadas. Pela resposta que recebemos da COGESP vão continuar fechando por falta de demanda.

Como assim?

Continuamos com a mesma população. A escola encolhe por falta de demanda?

No final do ano de 2009, foi feita oficialmente pela Secretaria Estadual de Educação uma cartilha autorizando a escola a expulsar, transferir compulsoriamente aluno para a delegacia de polícia.

Foi um tiro no futuro.

Um tiro no futuro e no progresso do Brasil, que está se mostrando uma pátria nada gentil para seus filhos na desordem generalizada da escola pública.

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