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Publicado: Quinta-feira, 26 de julho de 2012

O dia em que eu morri

Crédito: divulgação O dia em que eu morri

Se você sabe o que é um buraco, eu só acredito se esse buraco estiver bem no meio do seu peito!

Você vira um enorme buraco oco, onde ecoam lá no fundo inexistente, o som das lágrimas que descem pelo seu rosto.

Por alguns segundos tudo fica sem cor e o clamor da pessoa amada que suplica para você voltar, parece que não chega a você.

A dor te dilacera, e por mais que teu racional grite que um dia, essa dor impressionante vai passar, você acha que dessa vez será diferente, ela vai ficar ali, te matando aos poucos.

A boca fica seca, o olhar cheio de névoa e você vira um buraco negro infinito.

Não, essa não é nenhuma experiência paranormal, nenhum ataque de disco voador, tudo isso aconteceu em intermináveis segundos onde, tristemente, eu perdi a esperança.

Nada mais terrível e triste do que se sentir vazio de esperança, de fé.

O estrago que alguns segundos fizeram em mim e fico imaginando quantas pessoas apenas respiram ocas, sem sonhos e. . . Até estão aí, apenas fazendo número, sem cor, sem brilho.

São zumbis vagando pelo mundo.

Pare com isso!

Sejamos Super Herois!

Vamos tirar esses zumbis do limbo.

Comprometa-se com você mesmo.

Toda vez que os olhos vazios e pessoas sem cores passarem por você. . . Encarne seu heroi.

Pare por alguns instantes, insista, toque nessa pessoa, passe calor e berre: Volta! Eu, a vida, quem te ama, precisa de você!

Para cada “zumbi” salvo, um coração ainda mais repleto de amor.

Quanto a mim. . .

A experiência de não ter esperança, mesmo que por apenas alguns segundos, me serviu para ter certeza que nunca mais vou me permitir morrer.

Afinal, se é para morrer, que seja de amor, de felicidade, de me ser permitido ficar com as pessoas que amo e saber que sim, estou muito viva para sempre dizer: Valeu! Obrigada Senhor!

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