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Publicado: Quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O Computador - Parte 1

É praticamente impossível imaginar o mundo de hoje sem os computadores. Há 40 anos, eram apenas um sonho distante e muito longe do que temos atualmente em nossas empresas e residências. Incrível como, desde a década de 1990, quando começou a disseminar-se mais em solo tupiniquim, a computação e suas facilidades, seus atrativos e conveniências, passou a fazer parte da nossa vida.
 
Muita gente ainda não utiliza e tampouco entende algo de informática. Mas hoje há equipamentos e ferramentas que “qualquer adulto consegue usar”. Na verdade os computadores estão mais para as novas gerações. Crianças de 4 ou 5 anos de idade já lidam com as máquinas, seus jogos e brincadeiras. Assim vão sendo introduzidas a algo que irão utilizar por toda a vida, inclusive em sua formação educacional e no ambiente de trabalho.
 
Das indústrias às fazendas, dos postos de combustível ao mercadinho da esquina, tudo é computadorizado. A informática agilizou o mundo da comunicação, incrementou o comércio e tornou possível outras categorias de negócios, chamados de “compras on line”. O aparecimento dos cartões de crédito e o relativo sumiço dos cheques de papel deve-se em grande parte ao sistema de computadores hoje disponível.
 
Particularmente, sou dependente de um computador para muitas coisas. No trabalho, a primeira coisa que faço ao chegar é ligá-lo. É com ele que irei redigir ou diagramar o tempo todo, pesquisar os assuntos necessários na internet, checar informações, ler, ouvir e até assistir notícias em tempo real, descarregar fotos tiradas com câmera digital para alguma matéria jornalística, receber e-mails de colaboradores, etc.
 
Em casa o computador, além de ferramenta de trabalho, tornou-se também um eletrodoméstico. Tanto é verdade, que há tempos já pode ser comprado em qualquer grande loja de qualquer cidade, em inúmeras prestações. No recesso do lar o computador permite que desfrutemos de joguinhos para a distração, conecta-se com rádios e redes de televisão via internet, serve mesmo como tocador de músicas em substituição aos aparelhos de CD.
 
Há quem diga que, no futuro próximo, teremos tudo em um só computador: rádio, televisão, internet, aparelho de CD e DVD, telefone. O mundo da informática não pára e a cada dia inventam algo que imaginávamos não ser tão necessário mas que depois se revela de grande praticidade para o nosso cotidiano.
 
É o caso do e-mail. Lembro que no meu tempo de escola primária, a professora nos ensinava como escrever e enviar cartas pelo correio. Ensinava como fazer o cabeçalho, a apresentação, o assunto e o final da carta. Depois, ensinava a preencher o envelope com os dados do remetente e do destinatário. Chegava até a nos passar algo sobre a história dos selos e sua utilidade.
 
Então, pouco antes do ano 2000, o e-mail revolucionou tudo. A troca de cartas foi em grande parte substituída, embora ainda seja grande em um país colossal como o Brasil. Fazendo uma breve pesquisa em minhas lembranças, creio que já faz no mínimo uns 15 anos que não envio uma carta do modo tradicional. E nem sei se voltarei a fazer isso novamente na vida. O e-mail facilitou a troca de informações, que passaram a ser imediatas e sem entraves burocráticos. Este artigo será enviado por e-mail.
 
O motivo de refletir sobre isso é porque recentemente assisti ao ótimo filme “Eu Sou a Lenda”, com ator norte-americano Will Smith. Trata-se de uma história de ficção na qual uma epidemia genética acaba com 90% da população terrestre. Sobram apenas alguns homens e mulheres imunes ao super-vírus. Entre eles há um cientista, vivido por Smith. Na trama, ele é o único ser humano vivendo em Nova York.
 
A história nos mostra o drama da personagem, principalmente com a solidão e a perda de todas as pessoas que conheceu, desde o padeiro e o açougueiro, até sua esposa e sua filha. Mostra também seu drama ao pesquisar uma cura para o tal vírus, a fim de livrar os possíveis sobreviventes.
 
Outra coisa que a história nos revela sutilmente é que nem em uma ficção dessas os computadores podem ficar ausentes. Eles estão lá, ajudando a gerar energia em um mundo arrasado e auxiliando o cientista em suas pesquisas. Ou seja, os autores da história rendem-se à idéia de que, nem mesmo em um mundo praticamente sem seres humanos, pode-se ficar sem o computador.
 
Amém.
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