Publicado: Terça-feira, 15 de abril de 2008
O baixinho unânime entre quem entende de bola

“Quando eu nasci, o papai do céu apontou o dedo e falou: esse é o cara”.
“Onde está o meu nome tem confusão. Mas até que eu gosto. Porrada é comigo mesmo. Mas sou igual a índio. Só ataco quando sou atacado”.
Dono de frases pretensiosas e de uma forte personalidade, o carioca Romário, oficialmente, não é mais jogador de futebol. É isso mesmo. Aos 42 anos de idade o artilheiro do Vasco, Flamengo, Barcelona e inclusive da Seleção Brasileira encerra a carreira pouco depois de marcar o tão desejado milésimo gol.
Quatro quilos mais pesado que o ano passado e sem propostas para seguir a carreira, o Baixinho admitiu que não havia mais ânimo para o futebol. Incrivelmente, ele deu o braço a torcer e assumiu que não consegue mais acompanhar a nova geração.
Não é de hoje que o craque dá sinais de cansaço. Nos últimos anos, Romário recebeu críticas que apontavam sua decadência e pediam a aposentadoria. No entanto, em 2005, beirando os 40 anos, Romário conseguiu uma das maiores façanhas de sua carreira, ao marcar 22 gols e se tornar o artilheiro do Campeonato Brasileiro.
A última vez que entrou em campo foi contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro, quando o Vasco perdeu por 2 a 1. Já o último gol, o de número 1.002 da carreira, aconteceu há quase um ano, contra o Grêmio.
Nos últimos meses, Romário não pôde jogar. Primeiro, foi suspenso por doping por usar uma substância proibida (contra queda de cabelo). Depois, se desentendeu com Eurico Miranda e deixou o Vasco, clube no qual vinha atuando também como treinador. Em fevereiro, foi absolvido pelo STJD, mas continuou sem jogar, pois estava preso ao Vasco, com quem tinha contrato até 31 de março.
Apesar de não suportar o jeito grosseiro do artilheiro, devo confessar - como uma fanática por futebol - que o Romário com seu 1,68 metro protagonizou alguns dos momentos mais belos e inesquecíveis da história esportiva. Ele realmente nasceu com o dom. Com praticamente 24 anos de futebol profissional, Romário salvou o Brasil em momentos de sufoco e carregou a equipe em busca do tetracampeonato da seleção brasileira em 1994, nos Estados Unidos.
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