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Publicado: Segunda-feira, 30 de julho de 2012

Novos planos para o Royal Palm

Há pessoas que conseguem vislumbrar um projeto arquitetônico grandioso onde a maior parte apenas vê um edifício e vegetação bruta. Foi assim com o empresário Armindo Dias, quando, em 1997, comprou o que fora no passado o Hotel Holiday Inn. Cercado de terrenos mal explorados, o hotel estava instalado junto a um entroncamento de estradas importantes na periferia de Campinas.

Para concretizar o sonho de construir ali um hotel de luxo, Dias teve dois grandes méritos. O primeiro foi a paixão pelo que faz e a capacidade de realização. O segundo foi apostar no filho Antonio como executor da estratégia. Com o tempo, as duas coisas se provaram acertadas e deram frutos. A incansável tenacidade transmitida de pai a filho de agregar valor sem interrupções ao empreendimento impressiona. Hoje, com 500 quartos, área para eventos de negócios e lazer, restaurantes e um faturamento de R$ 112 milhões, valor 12 vezes maior que no início das operações, o Royal Palm Plaza Resort Campinas é referência no Brasil, seja em eventos, viagens de negócios ou lazer. Há 15 anos mantém um ritmo alucinante de crescimento, e é impossível a um hóspede que se afaste por muito tempo reconhecer o local diante de tantas modificações. "Estamos sempre nos adaptando aos novos tempos e reiniciando o ciclo de vida do hotel", define com precisão Antonio Dias, diretor-geral do empreendimento.

Mas o sonho não acabou. O mais recente é a decisão de construir em uma área de 53 mil m² ao lado do hotel um centro de convenções, dois hotéis, um quatro estrelas com 218 apartamentos, restaurante, fitness e área de lazer, e outro econômico, com 307 apartamentos e restaurante. Além disso, o projeto abrigará duas torres comerciais com 400 escritórios e um mall com praça de alimentação, lojas e restaurante. "Pretendemos inaugurar o complexo no segundo semestre de 2015", adianta Antonio.

O que leva a família Dias a investir nesse projeto que já nasce com jeito de vitorioso? Há duas respostas. A primeira, mais pragmática, é do filho. "O mercado de eventos não para de crescer e, com as fusões e aquisições, as convenções e congressos estão cada vez maiores. O centro de convenções surge para responder a uma demanda reprimida por espaços de 2 mil a 5 mil pessoas que hoje não conseguimos atender." Ele lembra que Campinas não possui centro de convenções, apesar de ter enorme vantagem logística e o Aeroporto de Viracopos, que deve se tornar o maior do Brasil.

Some-se a distância de apenas 100 quilômetros de São Paulo, as ótimas rodovias e a sinergia que será possível com o Royal Palm Plaza. Com um total de 500 apartamentos, o hotel econômico será a opção ideal para equipes de apoio dos eventos e o outro uma alternativa intermediária. "O centro de convenções terá o maior ballroom do Brasil. A diversidade de salas, dos mais variados tamanhos e configurações, permitirá uma flexibilidade incrível ao organizador de eventos." Já a segunda resposta para o investimento dos Dias pode até parecer mais simples, mas vem do fundo do coração, marca registrada da seiva que alimenta a família. Com a palavra Armindo, o pai: "Tem muita gente precisando trabalhar, e temos que gerar empregos." É preciso dizer algo mais?

*Este texto foi publicado originalmente na coluna Viagens de Negócio, de Fábio Steinberg, no dia 26 de julho de 2012, no Diário do Comércio da Associação Comercial de São Paulo. 

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