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Publicado: Sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Notícias Econômicas - Novos Dados e Análise

Caro leitor, concomitantemente à diminuição do desemprego e aumento da confiança, vimos hoje corroborar com mais proxies positivas, indicando cenário favorável de recuperação econômica, com aumento de consumo e produto, elevando a demanda agregada. Este aumento vai impulsionar os índices de inflação. Devemos lembrar que não só o aumento do consumo e produto aumenta a taxa de inflação, mas também gastos do governo, custeios da máquina pública e investimentos. Isto posto, para controlar o avanço da inflação, o BC deve elevar os juros, que deverão ser administrados. Logo, meus caros investidores, está aqui traçada a tendência de investimento para seus próximos movimentos. A priori, investimentos indexados com a inflação. A posteriori, medidas corretivas de aumento de juros farão a SELIC aumentar, tornando os investimentos indexados à mesma serem mais atrativos.

Obtivemos índices de crescimento da produção de automóveis e comerciais leves no mês passado, sendo que a produção total de veículos excluindo máquinas agrícolas atingiu 236.944 unidades, segundo a Anfavea, significando altas de mais de 2% e 6%, respectivamente. Outro indicador favorável foi o divulgado pelo Serasa Experian que indicou crescimento das vendas do varejo no mês passado pelo aumento da atividade no comércio que cresceu 1% com ênfase nos setores de material de construção, e móveis, eletroeletrônicos e informática.

Outro setor estagnado, indicando queda em venda e aluguel até o momento, o setor imobiliário residencial terá importante papel na recuperação. Desde 2014 houve o corte de mais de 400 mil empregados no setor. No entanto, mediante demanda crescente por novas residências até 2025 (FGV), acredita-se no potencial de recuperação do setor. Entretanto, deve haver a expansão do crédito imobiliário, um ambiente econômico estável, novos investimentos, reforma na legislação e outros afins.

Isto posto, a mera existência de potencial por meio de demanda, não implicará na recuperação do setor per se. Um mercado que já cresceu (até 2013) 40%, não verá mais este cenário. Maturidade, redução de lançamentos, crise econômica, aumento do estoque e problemas de liquidez, além das inconsistências das políticas de crédito, legais e de juros, tornaram-se impecílio para o crescimento deste setor, que por ora deve ficar em equilíbrio, voltando a crescer daqui 2 a 3 anos, em ritmo moderado, por mais 5 anos.

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