Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nossa Segurança Está em Deus

Novamente a Campanha da Fraternidade nos convida a pensar sobre um dos assuntos mais importantes do momento. Como vem ocorrendo desde sua primeira edição, a Igreja no Brasil chama todos os setores da sociedade a analisar e buscar soluções para graves preocupações dos brasileiros em geral. Em 2009 iremos pensar sobre “Fraternidade e Segurança Pública”, inspirados pelo lema “A Paz é fruto da Justiça”.
 
São tantos os problemas e aspectos a serem discutidos nesta área, que fica até difícil saber por onde começar. Sabemos que a violência está em nosso cotidiano. Roubos e assaltos, sequestros e assassinatos, violência física e psicológica, crimes contra homens e mulheres, idosos e crianças. Crimes contra o ser humano, nascido e in utero. Crimes políticos, financeiros, ecológicos, etc.
 
De alguma forma, um ou outro desses males nos acometem ou a pessoas próximas de nós. A lista é imensa. Na área de segurança pública, há inúmeros problemas a serem resolvidos no que diz respeito à atuação das polícias e dos policiais, ao sistema carcerário deficiente, ao tratamento dispensado aos presos, à morosidade do sistema judiciário em alguns casos e à celeridade do mesmo em outros casos mais específicos. Problemas existem para serem solucionados. A CF 2009 tem por objetivo levantar questões para ver, julgar e então agir buscando melhorar a situação vigente.
 
Em teoria, a “justiça” é algo que todos queremos ver funcionando. Mas a mesma é praticada pelo ser humano, que é falho. Assim, a prática da justiça também não é do jeito que deveria ser. Por exemplo: nossa Constituição diz que a justiça deve ser igual para todos, sem distinção de raça, credo ou posição social. Mas sabemos que na prática não é assim. O ladrão de galinhas tem um tratamento e o corrupto tem outro. Um cidadão caucasiano tem um tratamento e o afro-descendente tem outro.
 
São as diferenças que os seres humanos, por dentro todos de sangue vermelho, insiste em criar exteriormente uns para os outros. Isso é injusto e, portanto, não há como surgir a paz em situações assim. Para que a paz seja realmente fruto da justiça, é preciso que esta seja aplicada corretamente. A justiça deve ser aplicada no sentido de corrigir, educar e ressocializar.
 
Já que o assunto é vasto e certamente iremos abordá-lo muitas vezes no futuro próximo, irei debruçar-me agora sobre o termo “segurança”. Ter segurança é estar seguro, sem medo, tranquilo. Essa segurança nos dá sabor à vida, faz que tenhamos condições de estar serenos diante das adversidades, de ter consciência para analisar o que se passa ao redor, de enxergar e agradecer as maravilhas da vida.
 
A pessoa que não está segura, sofre. E sofre porque não se sente em paz, consigo ou com o próximo. Mesmo que não haja nada errado, a insegurança corrói. Mesmo que tudo esteja bem na vida, a insegurança intranquiliza. Durante as adversidades, a insegurança desequilibra ainda mais o pensamento.
 
Em seu aspecto físico, há uma série de medidas para que possamos cuidar da nossa segurança pessoal. Cuidados que devemos ter em casa ou no trabalho, ao andar pelas ruas ou ao ir em um banco, por exemplo. Porém, lembro-me sempre do ensinamento que diz: “a nossa segurança está em Deus”.
 
Rezemos, pois! Não devemos ficar inseguros diante das notícias da violência crescente e dos problemas de segurança pública que o país enfrenta. Devemos orar e permanecer confiantes de que o Senhor cuida de cada fio de cabelo, de cada um de nós. E então permaneceremos serenos e capazes de viver a vida em sua plenitude, preparados para enfrentar os desafios e tranquilos para encontrar soluções para o que nos aflige.
 

Amém.

Comentários