Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Nem tudo está perdido

Nem tudo está perdido

Nem tudo está perdido. Alunos se posicionam contra o Muro da Vergonha!

A Escola Estadual Antonio Manuel de Lima, Zona Sul de São Paulo é uma escola chinfrim e autoritária cuja única diferença é que um grupo de alunos resolveu se manifestar.

Os alunos não querem um muro que a Escola vai construir para separá-los da Fundação Julita. Essa Ong atende crianças, jovens e familiares em situação de vulnerabilidade social já tem mais de sessenta anos. Muitos alunos da escola frequentam essa Fundação, que nos finais de semana está aberta para a comunidade, oferecendo jogos e lazer também. Tudo monitorado.

A Escola Estadual alega que nessa Fundação tem drogados e que os alunos correm risco.

Felizmente essa escola com essa mentalidade tacanha, mediocre e feroz, odeia e tem medo de pobre. Os alunos não tem, e um grupo deles alega que a Fundação Julita é benéfica para todos e que não faz distinção e nem pede atestado de bons antecedentes para ninguém, os cursos são gratuitos. Atende justamente aqueles que o Estado abandona covardemente.

Como muitos alunos da Escola são também alunos dessa Fundação, um grupo deles se rebelou.

Não querem o muro separando a Escola da Fundação. Verba desperdiçada e que só vai servir para acuar os alunos quando a diretora por qualquer motivo fútil chamar a polícia para eles.

A escola manipulou o Conselho de Escola e cooptou alguns alunos e ganhou essa queda de braço, que agora foi para instâncias superiores e até o MP.

Tem sempre aqueles pais e alunos acostumados com a chibata e ficam do lado da Direção da Escola por entender que são invencíveis, muito comum a Síndrome do Capitão do Mato assolar pessoa fraca, mas o grupo de alunos resiste e defende a Fundação e a sua Escola, porque não?

Querem uma escola que forme cidadão, então erguer um muro para separar os alunos de pessoas da própria comunidade por estarem em situação de vulnerabilidade, por serem pobres???

Quem tem medo de pobre é Direção de Escola Pública, canalha, feroz e autoritária, aluno não!

O Tribunal Popular me convidou para me posicionar sobre o assunto e estou aqui.

Sou contra o Muro da Vergonha e feliz por ver que os alunos sabem sim a força que tem, com toda repressão que sofrem e contudo de maus exemplos que a escola dá, eles ainda são lúcidos.

Esse grupo de alunos me deixa feliz e acreditando que nem tudo está perdido.

Comentários