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Publicado: Segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natal repetitivo

Os tempos são outros. O acentuado e contínuo declínio da religião dominante no país fizeram com que os costumes se modificassem do mesmo ou em mais agressivo ritmo haja vista, por exemplo, a aceitabilidade das diversas possibilidades de união sexual e o constante aumento do número dos divórcios.

O interessante é que a tolerância da sociedade para tais modificações vendo sendo aceita pelos “conformados cristãos” que as justificam como resultado da modernidade ou fruto da liberdade decorrente (sic) do amadurecimento intelectivo dos contemporâneos...

Aliás, os “racionalistas” vem atacando o Cristianismo desde os séculos XVII ou XVIII, quando esse movimento foi criado Pode-se afirmar que o amável século XX, em que passamos a maior parte de nossas vidas, aceitou de forma gradual ascendente os princípios racionalistas que objetivam implantar suas idéias de um mundo sem Deus.

Noto agora, já no início da 2ª década do século XXI, que os tais racionalistas, começaram, desde as primeiras décadas do século XX, na linda festa de Natal, a substituir o principal personagem dela, o Menino Jesus, pelo Papai Noel, um velho simpático carregando saco repleto de brinquedos para serem distribuídos, especialmente para as crianças mais abastadas.

Decorridos mais de meio século constatamos que os ditos cujos devem se encontrar satisfeitíssimos, inobstante o próprio Papai Noel se achar também em declínio, porque o sentido do Natal praticamente se espatifou restando apenas o consumismo exagerado que procura encobrir o espírito cristão da festividade.

Desde há muito, portanto, o tempo do Natal vem colocando em destaque tudo que materializa a festividade: ceias, almoços, presentes recíprocos ou não, os pais e parentes se passando por Papai Noel ou não, etc.

Não sabemos por quanto tempo ainda esses costumes, que por serem hábitos longevos, perdurarão na sociedade. Tais reflexões sobre a época natalina me levaram a concluir que a Humanidade atravessa período de transição com sofrimentos inesperados e terríveis (crimes de todas as espécies, desastres horrorosos - naturais e provocados-, mudanças estruturais jamais cogitadas – casamento de homem com homem, mulher com mulher- etc.), de maneira que o mais aconselhável, em nossa santa e inarredável ignorância é “colocar as barbas de molho” e retornar aos princípios sagrados da ortodoxia cristã que trazemos do berço.

Mas, de volta à motivação cristã, que este tempo de Natal deve nos envolver (a emocionante e poética chegada do Criador do Universo vindo à Terra para salvar toda a Humanidade), devemos rememorar o nascimento de Cristo num presépio que – rústico e humilde-, se transforma em rico e deslumbrante símbolo de amor.

A capital virtude da esperança, da trilogia famosa, se revivifica, em todo cristão bem intencionado, na época do nascimento do filho de Deus, que nos considera todos como irmãos, merecedores de uma vida feliz a começar pela nossa peregrinação terrestre. Paz e feliz Natal a todos.

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