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Publicado: Quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Não Vote em Matadores de Aluguel

Crédito: Internet Não Vote em Matadores de Aluguel
É justo contratar um matador de aluguel para resolver um problema? Não é justo.

Personagem comum em filmes e seriados de ação, faroestes e policiais, os matadores de aluguel infelizmente fazem parte da realidade humana. Não é raro verificarmos, através do noticiário, histórias nas quais alguém contrata um desses vilões para acabar com um inimigo político, empresarial ou até mesmo para resolver da pior forma que existe alguma desavença familiar ou entre ex-amigos.

Sempre atual e surpreendente em suas palavras, o Papa Francisco recentemente usou essa famigerada figura para criticar novamente aqueles que apóiam ou auxiliam projetos abortistas. Segundo o Santo Padre, praticar o aborto “é como contratar um matador de aluguel para resolver um problema”. A comparação é forte, fortíssima. E tem que ser mesmo. A mentalidade pró-aborto é hoje uma das maiores provas da decadência social e da crise na moralidade humana que estamos vivendo.

Francisco criticou a perda do valor da vida humana diante de situações terríveis como as guerras, a exploração dos mais frágeis, a cultura da exclusão e também em relação ao aborto “em nome da salvaguarda de outros direitos”. Traduzindo: para o Papa o aborto é tão grave quanto um conflito armado ou uma situação qualquer de dominação social.

Prestem muita atenção! O Papa foi enfático: “Interromper uma gravidez é como eliminar alguém. É justo eliminar uma vida humana para resolver um problema? É justo contratar um matador de aluguel para resolver um problema? Não é justo. Não podemos eliminar um ser humano, mesmo que pequeno, para resolver um problema. Como um ato que suprime a vida inocente e sem defesa pode ser terapêutico, civil ou simplesmente humano?”.

Muitas pessoas, fiéis ao estilo fakenews, adoram distorcer as falas do Papa Francisco, principalmente quando ele trata da Família tradicional, da união entre pessoas do mesmo sexo, do aborto, etc. Mas a verdade é que não há como distorcer o discurso do Santo Padre em relação ao assassinato de crianças no ventre de suas próprias mães. Não há margem para dúvidas ou distorções.

A vida de um ser inocente e pequeno jamais é um “problema”. O grande “problema” é a irresponsabilidade e o egoísmo de muitas pessoas que, em nome de certos “direitos”, julgam que a melhor solução é contratar um matador de aluguel para o seu próprio bebê. Isso jamais será digno de um ser humano, sempre será uma atrocidade que clama aos céus.

Na época de eleições o eleitorado católico precisa tomar muito cuidado, ficar esperto e jamais votar em candidatos que tratem a questão do aborto como “uma questão de políticas públicas”, que fiquem em cima do muro ou que joguem levianamente a opção por um plebiscito para definir o debate. Gravidez não é doença. A posição diante de um ser humano deve ser sempre pró-vida. Plebiscito nenhum pode legislar sobre a sacralidade e a dignidade da vida. Um milhão de errados não mudam uma verdade certa.

Fiquemos sempre atentos. Caso contrário poderemos acabar votando em matadores de aluguel sem perceber...

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