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Publicado: Terça-feira, 29 de outubro de 2013

Não tem explicação

Crédito: André Roedel/Itu.com.br Não tem explicação
Distintas sensações

Melhor campanha na primeira fase. Melhor campanha na segunda também. Time entrosado, bem treinado e com uma estrutura de fazer inveja até mesmo aos ditos times “grandes”. Tudo conspirava para o sucesso do Ituano na Copa Paulista deste ano. Depois de oito anos sem disputar a fase final da competição, o Galo de Itu se classificou com sobras. Era a vez do rubro-negro – só que não.

A derrota no jogo de ida para o XV de Piracicaba não frustrou o torcedor ituano, nem mesmo o elenco. “Nosso time é melhor”, pensávamos. E de fato é. Só que nem sempre o melhor ganha. No jogo de volta, com recorde de público na competição (que não foi grande coisa, mas perto do que era está bom), tudo conspirava para a vitória. Mas não deu.

O gol piracicabano no comecinho da partida jogou um balde de água fria no Novelli Junior. Apesar do forte calor, não teve nada de bom nisso. Porém, nem tudo estava perdido. Ainda havia tempo para virar. Durante todo o primeiro tempo, massacre rubro-negro. Chances não faltaram – acertar as finalizações, sim.

Começa o segundo tempo. Virada do Galo em pouco tempo. Ufa, foi só um susto. Vamos pra semifinal. Mas, como diz o ditado clichê, o futebol é uma caixinha de surpresas. Quando o imponderável resolve agir, nada dá jeito. Mais chances desperdiçadas, algumas claras. A tarde não era do Ituano.

Chegamos ao fim do jogo. A classificação ainda era do time de Itu. Era. Não é mais. Inspirado no “xará” nigeriano, que eliminou o Brasil da Olimpíada de 1996, Kanu marca o gol que acaba com as chances do Ituano na Copa Paulista. Com 39 minutos do segundo tempo, a vitória parece impossível.

A tristeza toma conta. Os jogadores despencam ao chão, chorando. É triste. O time, que muitas vezes não honrou a cidade de Itu, dessa vez estava correspondendo. Dava orgulho, como há muito tempo não dava. Não tem explicação. O Galo era melhor. Tinha tudo para ganhar e seguir adiante na competição e levantar o tão sonhado caneco. Mas, mais uma vez, não foi o momento. Espero que o brincalhão “deus do futebol” esteja segurando esse momento para uma melhor oportunidade.

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