Publicado: Terça-feira, 24 de outubro de 2006
Morar em casa
"A história do ser humano, na realidade, começa quando ele disciplinou o amor, criando a família" (Sá Pereira). Atualmente, de modo geral, os jovens buscam viver em família de forma emancipada. O que é um contra-senso, mas faz sentido a eles: receber afeto, comida, roupas e equipamentos eletrônicos para sua própria diversão e preservar o direito de não participar das atividades domésticas e rotineiras.
A autoridade dos pais pode ser dimensionada de acordo com a forma habilidosa que lidam com esse pequeno processo de rebeldia da vida comunitária. Não é simples contornar esse problema diário. Mas é necessário que se entenda um valor e se faça integrá-lo nos indivíduos que moram no mesmo local: a residência não pode ser encarada como sendo uma vida num hotel.
Em razão dos compromissos escolares ou atividades extras que são assumidas em horários específicos da semana, o jovem pode não estar o tempo todo disponível para participar das atividades caseiras. Entretanto, é igualmente normal que o jovem adquira a responsabilidade de certos encargos domésticos que não tomem tempo demasiado. "Não há nada de desonroso numa ocupação que contribua, de alguma forma, para o bem-estar de seus semelhantes" (Blackie, escritor inglês).
O respeito carinhoso que se deve aos mais velhos e, mais particularmente, aos membros da própria família exige que o jovem esteja sempre pronto, disposto, a participar da vida familiar, sob todas as suas formas, e a interromper alguma atividade de menor importância, por mais apaixonante que seja, em nome do bem-estar comum caso haja necessidade de regar as plantas, aparar a grama do jardim, organizar alguma estante ou armário. Os Cds, vídeos e os livros também devem ter a mesma atenção e serem ordenados de forma que possam ser encontrados facilmente.
O jovem pode ser encarregado de comprar o pão, pôr a mesa para as refeições e até, engraxar os próprios sapatos de passeio, pois esse é um cuidado com um bem pessoal como qualquer outro. No geral faz necessário disponibilizar um pouco de tempo para arrumar os papéis ou separar algumas peças de roupas sujas.
No final de semana, o jovem pode tomar para si a tarefa de preparar uma salada - que não precisa de grandes conhecimentos ou habilidades culinárias. Além disso, é bom que reserve uma hora durante a semana para cuidar de seus objetos de uso pessoal, mesmo que haja alguma diarista ou faxineira na casa.
Um zelo de igual importância é a arrumação do quarto. O jovem precisa aprender a arrumar a cama antes de sair de casa pela manhã. Esses cuidados fazem com que sejam valorizados todos os ambientes da casa, haverá consciência do companheirismo e também do desgaste dos objetos; assim fica mais fácil discutir a prioridade de compra de jogos de cama ou de uma impressora nova. Um comportamento assim fará com que o jovem adquira o hábito de deixar o quarto arrumado, sem aquele "ar de ruína" como se ali tivesse ocorrido um terremoto.
Não estar comprometido com as tarefas domésticas é demonstração de total falta de consideração para com a família toda e, principalmente, com os progenitores que já têm o encargo de uma casa inteira para administrar e outras vidas por quem se responsabilizar. Em suma, a falta de comprometimento familiar, que as ações egoístas ou individualistas evidenciam, vai muito além do estilo desleixado tão comum ao jovem contemporâneo; perpassa, inclusive, pela falta de afeto ou mesmo de valores sociais.
A autoridade dos pais pode ser dimensionada de acordo com a forma habilidosa que lidam com esse pequeno processo de rebeldia da vida comunitária. Não é simples contornar esse problema diário. Mas é necessário que se entenda um valor e se faça integrá-lo nos indivíduos que moram no mesmo local: a residência não pode ser encarada como sendo uma vida num hotel.
Em razão dos compromissos escolares ou atividades extras que são assumidas em horários específicos da semana, o jovem pode não estar o tempo todo disponível para participar das atividades caseiras. Entretanto, é igualmente normal que o jovem adquira a responsabilidade de certos encargos domésticos que não tomem tempo demasiado. "Não há nada de desonroso numa ocupação que contribua, de alguma forma, para o bem-estar de seus semelhantes" (Blackie, escritor inglês).
O respeito carinhoso que se deve aos mais velhos e, mais particularmente, aos membros da própria família exige que o jovem esteja sempre pronto, disposto, a participar da vida familiar, sob todas as suas formas, e a interromper alguma atividade de menor importância, por mais apaixonante que seja, em nome do bem-estar comum caso haja necessidade de regar as plantas, aparar a grama do jardim, organizar alguma estante ou armário. Os Cds, vídeos e os livros também devem ter a mesma atenção e serem ordenados de forma que possam ser encontrados facilmente.
O jovem pode ser encarregado de comprar o pão, pôr a mesa para as refeições e até, engraxar os próprios sapatos de passeio, pois esse é um cuidado com um bem pessoal como qualquer outro. No geral faz necessário disponibilizar um pouco de tempo para arrumar os papéis ou separar algumas peças de roupas sujas.
No final de semana, o jovem pode tomar para si a tarefa de preparar uma salada - que não precisa de grandes conhecimentos ou habilidades culinárias. Além disso, é bom que reserve uma hora durante a semana para cuidar de seus objetos de uso pessoal, mesmo que haja alguma diarista ou faxineira na casa.
Um zelo de igual importância é a arrumação do quarto. O jovem precisa aprender a arrumar a cama antes de sair de casa pela manhã. Esses cuidados fazem com que sejam valorizados todos os ambientes da casa, haverá consciência do companheirismo e também do desgaste dos objetos; assim fica mais fácil discutir a prioridade de compra de jogos de cama ou de uma impressora nova. Um comportamento assim fará com que o jovem adquira o hábito de deixar o quarto arrumado, sem aquele "ar de ruína" como se ali tivesse ocorrido um terremoto.
Não estar comprometido com as tarefas domésticas é demonstração de total falta de consideração para com a família toda e, principalmente, com os progenitores que já têm o encargo de uma casa inteira para administrar e outras vidas por quem se responsabilizar. Em suma, a falta de comprometimento familiar, que as ações egoístas ou individualistas evidenciam, vai muito além do estilo desleixado tão comum ao jovem contemporâneo; perpassa, inclusive, pela falta de afeto ou mesmo de valores sociais.
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