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Publicado: Sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mocidade Eterna

Até aos trinta anos a vida parece que é eterna. Observamos os fatos cotidianos como se fossem intermináveis. Ora é aquela pessoa na janela, ora são os vizinhos de frente, no terraço, o verdureiro com sua carrroça, o farmacêutico fazendo a higiene diária do nariz, sem as cautelas de praxe, tudo cheio de peculiaridades e curiosidades que se estabilizariam e se consolidariam no tempo.

Mas, passam os anos, como as paisagens quando são vistas nas viagens, ora belas e atraentes, ora desinteressantes, ora sombrias e temerosas. E chegamos à cumieira da vida, onde pouco divisamos das esplendorosas paisagens, mas vislumbramos com frequência apenas o  movimento das nuvens, céus sem limites, abismos atemorizantes. Começamos então a indagar:  para onde vamos, o que fazemos aqui?

O que fazemos já não nos satisfaz. Onde aquela  vontade toda de mergulhar no mundo e conhecer as suas maravilhas (ao menos na imaginação), se os anos começam a pesar e o cansaço e o tédio a aparecer? Não se considerando a fraqueza econômica, tão comum ao brasileiro, que constata melancolicamente que a opulência financeira é apenas do país, na sua arquibilionária arrecadação de impostos e de apenas cerca dos 10% da população considerada rica pelas estatísticas!...  

Para onde iremos  - se não podemos  retornar e começar tudo de novo -, se não enxergamos a ponte que nos levará ao céu ? Novamente o mistério e a fé. Mistério porque nada é claro, nada nos é revelado diretamente. Só por intermédio de parábolas e testemunhas, decorrentes dos ensinamentos evangélicos oferecidos pelo Cristianismo! Tudo, ao final, exigindo  fé: creio, não creio. 

Se não crê a situação pode piorar e se tornar desesperadora nos momentos difíceis. Se crê, então, desponta a esperança, a luz no horizonte, o magnífico sol que tudo clarifica e enche  de calor os dias de nossas vidas. Verdade também que, mesmo vivendo com fé e observando os princípios morais, obstáculos e problemas jamais serão eliminados, mas precisarão ser suportados cristãmente. A graça divina acompanhando aqueles que crêem, sem dúvida, servirá de lenitivo para as duras jornadas presentes e futuras.

A mocidade não é eterna , nem a própria vida corporal. Somos finitos e estamos sujeitos à degradação pela morte. Mas não nos conformamos com essa constatação que nos persegue a vida inteira. Naquelas parábolas e testemunhos encontramos  palavras de vida eterna, porém só concretizadas após a morte. São confortadoras, nos trazem a paz é a única táboa de salvação.

Confiamos nos testemunhos de homens e mulheres de todos os tempos que sempre proclamaram a veracidade daquelas parábolas e daqueles ensinamentos evangélicos, com entusiasmo, convicção e sabedoria. A mocidade será eterna, sem dúvida, nos páramos celestiais.

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