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Publicado: Domingo, 7 de setembro de 2008

Mínimo Menino Comum

Mínimo Menino Comum
No desajeito próprio dos pequenos, sem que tivesse a exata noção de si – coisa que nem os adultos do lugar pareciam possuir, o menino era um espanto em andamento, e em sua mente muito intacta o que fosse dito ou visto se incrustava.
 
Baixem-se a guarda, as armas, o tom de voz. Minimize-se o menino, seja dos mínimos o menor, um prodígio fabricante de sorrisos nos crescidos. Deixe-se envolver no bem-estar de vê-lo, já que não se pode sê-lo. Note que entre ele e o cachorrinho de pelúcia deu-se a química, um afeto de centelha.
 
Não que careça ver nexo nesse afeto que reporto, apenas digo que as notas da quarta balada, em suspensão há décadas nas auroras de tais sítios, pousaram lisas agora nas felpas da sua manta. Caiba o menino nas meninas de outros olhos, para que vocês também, libertos de suas túnicas de arame, possam vê-lo nos pompons de sua inteireza.
 
Mínimo, como convém, seja o sultão dos tapetes fofos e o campeão olímpico das piscinas de bolinhas. Fucem à vontade em seus dispositivos de armazenamento de zil gigas, dêem no Google todas as buscas possíveis, mas de antemão não contem com a ventura de encontrá-lo, pois é inconcluso e rarefeito como os mínimos meninos.
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