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Publicado: Sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Matrimônio e crianças

Marcos, 10, 2-16.
27º Domingo Comum.

“” Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.

Jesus perguntou:
“O que Moisés vos ordenou?”

Os fariseus responderam:
“Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”.

Jesus então disse:
“Foi por causa da dureza do seu coração que Moisés vos escreveu esse mandamento. No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”

Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto.
Jesus respondeu:
“Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra cometerá adultério contra a primeira. E, se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”.

Depois disso, traziam crianças para que Jesus as tocasse. Mas os discípulos as repreendiam.

Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse:
“Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo, quem não receber o reino de Deus como uma criança não entrará nele”.

Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos. “”

Um texto objetivo, direto e claro. 

Pessoas casadas na Igreja, preenchidas as condições de validade, se vierem a se separar, ficam impedidas de novo matrimônio.

Tanto que corre entre o vulgo uma versão equivocada de que, em processos transitados no Direito Canônico, acontece eventualmente anulação do casamento.

Nos processos levados ao Tribunal Eclesiástico, uma vez apurada rigorosamente alguma falha nas condições em que se realizou o consórcio, aí sim, a Igreja declara inexistente essa união. É nula de pleno Direito. O casamento não existiu.

Muito diferente, pois de dizer-se que fora anulado.

Lição segunda na mensagem de hoje, a da exaltação da inocência das crianças. 

Se surgir o argumento de que o vocábulo inocência não se aplique aos adultos, é porque a mesma virtude e a mesma limpeza de alma, entre os crescidos, traduz-se por idoneidade, pureza, sinceridade, temor de Deus enfim.

E, nunca, temor entendido como medo.
Temor, sim, com o sentido de respeito e adoração.

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