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Publicado: Quarta-feira, 11 de maio de 2005

Mais sobre Yôga - parte 16

O texto abaixo foi extraído do livro Tudo Sobre Yôga do Mestre DeRose

31. A alimentação preconizada pelo Yôga é a natural ou a macrobiótica?

Nenhuma das duas. O Yôga recomenda o vegetarianismo como seu sistema alimentar. Deve-se, contudo, evitar a rotulagem já que as pessoas menos cultas pensam que vegetariano só ingere salada (isso é o que vegetariano menos aprecia!). Ou que vegetariano come carnes... brancas!

Como o vegetarianismo autêntico quase não tem diferença da alimentação comum, a não ser pela ausência de bichos mortos, sugerimos que o interessado em seguir tal experiência não se rotule. Em qualquer restaurante, pizzaria ou até mesmo churrascaria, simplesmente peça o que desejar. Jamais, mas jamais mesmo, pronuncie a palavra mágica "vegetariano". É como se, ao pronunciá-la, você estivesse convidando os presentes a debater ou gracejar.

Se alguém tentar discutir alimentação com um vegetariano, ainda que cordialmente, a atitude correta é dar um corte no assunto, com toda a gentileza[1]. Não queremos doutrinar ninguém. Mas também não admitimos invasão da nossa privacidade. Cada qual que coma o que bem entender.

E nada de embaralhar com outros sistemas. Constitui gafe imperdoável convidar um praticante de Yôga para uma refeição macrobiótica: ela é nada menos que a corrente alimentar mais agressivamente oposta ao sistema nutricional do Yôga.

Para maiores esclarecimentos, leia o capítulo Alimentação Vegetariana: chega de abobrinha! no livro Faça Yôga antes que você precise.

A bibliografia indicada sobre alimentação é :

O Gourmet Vegetariano, Rosângela de Castro, Editora Uni-Yôga.

32. E com relação às drogas?

Nesse particular o Yôga é bem categórico. Yôga e drogas definitivamente não combinam.

33. Qual é o perfil de um praticante de Yôga?

Entre os nossos alunos sempre houve pessoas de ambos os sexos em proporção semelhante e pessoas de todas as idades, profissões, raças e credos.

Nos últimos anos o Yôga vem sendo mais procurado por estudantes, empresários, executivos, profissionais liberais, desportistas, políticos e artistas.

A faixa de idade estabilizou-se entre 20 e 50 anos de idade. Quanto às religiões dos praticantes, notamos que cresceu bastante o número de católicos, judeus, espíritas e, principalmente, o de ateus. Dentre os protestantes temos observado mais procura por parte dos adventistas e batistas. Os que não aceitam o Yôga e chegam a publicar matérias difamatórias são algumas seitas evangélicas. Mas isso se explica: são pessoas humildes que pela injustiça social ficaram comprimidas na base da pirâmide cultural.

Em termos sócio-econômicos, o Yôga é mais procurado pelas classes A e B. A classe C gosta de Yôga, mas poucos desse grupo o praticam em Núcleos especializados por problemas econômicos. Por outro lado consomem muitos livros e cassettes para praticar sozinhos. Já a classe D não sabe o que é o Yôga, não faz parte do seu universo.

As profissões que mais procuram o Yôga são, em primeiro lugar, os engenheiros; depois, os advogados, médicos, dentistas, arquitetos, professores de educação física, dança e artes marciais. Os estudantes universitários também formam uma parcela expressiva.

Outra tendência observada nos últimos tempos foi a de muitos empresários e executivos descobrirem que o Yôga podia ajudá-los não apenas a administrar o stress, mas também aumentar sua produtividade e melhorar sua qualidade de vida. Por esse motivo, muitos deles introduziram o Yôga nas respectivas empresas.

Nos cargos de decisão e comando o Yôga, ao controlar o stress, reduziu os índices de esgotamento, estafa, úlceras, gastrite, pressão alta, enfarto, enxaqueca e insônia. No pessoal de escritório, ao combater o sedentarismo, eliminou dores nas costas, corrigiu alguns problemas de coluna, hemorróidas, sonolência depois do almoço e irritabilidade que atrapalhava as relações humanas entre os funcionários e emperrava a máquina administrativa. Entre os operários, aumentou a produtividade em cerca de 30%, pois oxigenou seus cérebros e lhes proporcionou mais concentração o que reduziu os erros operacionais e os acidentes para quase zero. Em todos os escalões observou-se uma queda considerável nas faltas ao trabalho por motivos de saúde. Só de gripes, por exemplo, as faltas caíram para a metade.

Os profissionais ligados à área de Educação Física procuram o Yôga uma vez que são beneficiados no aumento de resistência, alongamento muscular, flexibilidade, know-how contra distenções, mais concentração e controle emocional.

Os artistas descobriram que o Yôga precipita a sensibilidade e a criatividade. Aí incluem-se os artistas plásticos, os da música e até os da publicidade. É enorme o número de cantores e atores de televisão que praticam Yôga conosco, sem falar nos locutores que vêm buscar as técnicas de respiração e mantra para educar a voz.

Os estudantes estão interessados no melhor aproveitamento com menos horas de estudo e no controle do sistema nervoso nas provas.Como vemos pelos exemplos acima, quase ninguém está interessado no Yôga em si. Quase todos querem só os benefícios utilitários que constituem apenas os efeitos colaterais do Yôga, simples migalhas. O Yôga em si é superlativamente maior, mais importante e mais profundo do que esses pequenos benefícios.


[1]Leia nosso livro Boas Maneiras no Yôga, que serve também para quem não faz Yôga, mas quer tornar-se mais polido.

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