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Publicado: Domingo, 30 de janeiro de 2005

Mais sobre Yôga - parte 8

O texto abaixo foi extraído do livro Tudo Sobre Yôga do Mestre DeRose

17- Como funciona

Os ásanas regulam o peso por estimulação da tireóide, oxigenação cerebral pelas posições invertidas, consciência corporal, coordenação motora e alongamento muscular que auxiliará outros esportes.

Os kriyas promovem a higiene interna, das mucosas do estômago, dos intestinos, do seio maxilar, dos brônquios, das conjuntivas, etc.

Os bandhas prestam um massageamento aos plexos nervosos, glândulas endócrinas e órgãos internos.

Os pránáyámas fornecem uma cota extra de energia vital, aumentam a capacidade pulmonar, controlam as emoções, permitem o contato do consciente com o inconsciente e ajudam a conseguir o domínio da musculatura lisa.

Os mantras, em primeira instância aplicam vibração de sons e ultra-sons para desesclerosar meridianos energéticos; em segunda instância permitem equilibrar os impulsos de introversão/extroversão e dinamizar chakras; em terceira instância, ajudam a obter o aquietamento das ondas mentais para conquistar uma boa concentração e meditação.

O yôganidra é o módulo de relaxamento, que auxilia a todos os anteriores e, juntamente com os demais angas da prática, implode o stress.

O samyama (concentração, meditação e outros estados mais profundos) proporciona a megalucidez e o autoconhecimento.

Estes efeitos, e muitos outros, são simples conseqüências de exercícios. Ocorrem como resultado natural de estarmos exercitando uma filosofia de vida saudável. Se aprendemos a respirar melhor, relaxar melhor, dormir melhor, comer melhor, excretar melhor, fazer exercícios moderados e manifestar uma sexualidade melhor, os frutos só podem ser o incremento da saúde e a redução de estados enfermiços.

Alguns tópicos em detalhe

Stress:

Stress é o estado psico-orgânico produzido pela defasagem entre o potencial do indivíduo e o desafio que ele precisa enfrentar. Para administrá-lo, não nos limitamos a proporcionar relaxamento. Muito mais importante é aumentar a energia do praticante para que o seu potencial suba e possa enfrentar o desafio de cima para baixo.

O stress em si não é uma coisa ruim. Sem ele o ser humano ficaria vulnerável e não conseguiria lutar, trabalhar ou criar com a necessária agressividade. Mal é o excesso de stress ou a falta de controle sobre ele. Stress é aquele estado produzido por solicitação de auto-superação, o qual, para ser saudável, deveria ser esporádico.

Entre um alerta psicofísico e outro, a pessoa teria condições de se refazer desse estado de extrema tensão orgânica e mental. Para tanto, seria preciso que houvesse menor freqüência do estado de tensão ou então exercícios específicos para minimizar a fadiga generalizada dali resultante e que produz uma reação em cadeia de efeitos secundários tais como enfarte, pressão alta, enxaqueca, insônia, depressão, nervosismo, queda de produtividade, queda de cabelo, redução da capacidade imunológica, herpes, problemas digestivos, úlcera, gastrite, impotência sexual e muitos outros.

Basta reduzir o stress para reduzir também todos esses seus efeitos, os quais, de outra forma, dificilmente cederiam a um tratamento verdadeiramente definitivo. A terapia ficaria sendo meramente paliativa ou um mascaramento dos sintomas.

O Yôga é um dos recursos mais eficiente para reduzir o stress a níveis saudáveis. Tal opinião está publicada numa grande quantidade de livros sérios sobre o assunto e é partilhada por um bom número de médicos que indicam Yôga aos seus pacientes estressados.

Por essa razão, são muitos os empresários, executivos, políticos, artistas e profissionais liberais que vão buscar no Yôga a dose extra de energia e dinamismo de que necessitam, mas, ao mesmo tempo, o controle do stress.

Noventa por cento das pessoas sentem os efeitos de combate ao stress já na primeira sessão de Yôga bem conduzida.

Úlcera, pressão alta, enfarte

Aí estão três conseqüências diretas do stress e da vida sedentária. A maior parte dos tratamentos é paliativa. Quem tem úlcera ou pressão alta, passa anos a fio sendo medicado e sendo submetido a restrições na alimentação. Não obstante, quando ocorre uma contrariedade na empresa ou na família os sintomas costumam se agravar. O enfarte, quando não mata, inutiliza o profissional.

O Yôga oferece benefícios em dois níveis: antes e depois de já ter tido problemas com essas doenças. Antes, a prática do Yôga visa a reduzir enormemente a incidência de úlcera, pressão alta e enfarte em quem ainda não os teve. Depois, costuma auxiliar de forma palpável a recuperação da pessoa afetada. A úlcera e a pressão, geralmente já mostram melhoras desde o início da prática do Yôga, o que pode ser facilmente sentido pelo próprio praticante e confirmado pelo seu médico, cujo acompanhamento é obrigatório.

Quanto ao enfarte, esse tem no Yôga um conjunto de exercícios agradáveis e saudáveis que contribuirão efetivamente para mantê-lo em boa forma e para minimizar a possibilidade de um novo enfarte.

A expectativa de vida de um cardíaco que pratique Yôga bem orientado chega a igualar e, às vezes, superar a de uma pessoa não-cardíaca mas que não pratique Yôga.

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