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Publicado: Sexta-feira, 18 de julho de 2008

Lei Seca? Que PORRE!

Lei Seca? Que PORRE!
Brasileiro bebe muito? A resposta está na boca do povo! Sim, a maioria bebe e não quer saber de um controle que não seja o seu próprio. Como se não bastasse os índices alarmantes de Alcoolismo como problema de saúde pública (cerca de 10% da população mundial), agora estamos focados a olhar para a relação do álcool com a direção.
 
Polidamente, mais de 80 % aprova a “Lei Seca”, mas no fundo, ouvimos o tempo todo medidas para se tentar burlar o inevitável: a fiscalização que parece se tornar rígida daqui pra frente.
 
Vamos do inicio: morte violenta é morte VIOLENTA. Estamos falando daqueles acidentes horríveis que evitamos olhar, ferros contorcidos, carros incendiados, atropelamentos, colisões. E se seu estomago permitir avançar nessa imagem, imagine como as pessoas são retiradas desses acidentes.
 
Somente quem perdeu alguém próximo sabe avaliar essa dor, que não termina nunca mais.
 
Fora isso, a falta de segurança pesa na saúde do bolso do país. Em 2007 uma pesquisa apontou que a morte violenta em mais de 31 mil pessoas em idade produtiva deixou de produzir R$ 5,4 bilhões em riquezas no país ( por ano)
 
A lei rígida vem da análise do impacto dessas mortes ( ou muitas vezes, das seqüelas deixadas) sobre a Saúde e Economia. Estamos hoje dentro dos 20 paises com legislação mais rígida e em menos de um mês, a redução de mortes violentas só na grande São Paulo foi de mais de 50 % . O flagrante em motoristas bêbados também caiu, apesar do aumento da fiscalização.
 
Para mim, médica e com filhos adolescentes, essa lei veio em boa hora. É um verdadeiro pesadelo concretizar os riscos que expomos quem amamos.
 
Mas o caminho é longo... Vejo hoje que campanhas públicas como o uso de camisinhas são abandonadas pelos adolescentes que ajudamos a educar sexualmente desde a pré-escola e por isso acredito também que a transgressão à essa lei virá de qualquer forma!
 
Quanto a sua relação com o álcool e os rigores da nova lei, atenção:
> Beber de estomago cheio ou vazio influencia na absorção e efeito do álcool
> Há diferentes padrões de reação ao álcool para homens e mulheres, assim como para diversas raças e idades
> Estar ou não acostumado a beber também reflete nas suas reações
> Noites mal dormidas potencializam os afeitos do álcool
> 2 bombons de licor (ou algo semelhante ) podem ser detectados no bafômetro
> O álcool demora em média 6 horas para “sair” do organismo, em quantidades mínimas – lembre-se que uma ressaca ( das boas ) te coloca na mira do bafômetro por até 24 horas
> É na ressaca que o álcool se torna mais tóxico ao organismo e fica mais tempo no corpo
> O ministério da saúde está estudando uma lista de medicamentos que podem ser detectados pelo bafômetro para ajudar lapidar a lei
> Se você se recusar a fazer o teste do bafômetro ( garantia constitucional ) , há a contra prova de sinais clínicos de embriaguez : olhos vermelhos, excitação, falta de coordenação verbal e motora, etc – isso também vale como prova
 
Prudência e Bom senso são os ingredientes essenciais nesse mundo maluco: SE BEBER, NÃO DIRIJA!
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