Colunistas

Publicado: Domingo, 2 de agosto de 2009

Julgamentos - Não existem crianças más ou ruins

“Se você julga as pessoas, você não tem tempo para amá-las” – Madre Teresa.
 
Muitas pessoas, inconscientemente, se separam daquelas que parecem rebeldes, distantes ou difíceis. Porém, eu acredito que até mesmo as pessoas mais amargas e resistentes de se aproximar – jovens e adultos – têm um lugar dentro de si que implora para que sejam amadas e apreciadas.
 
Em todos os grupos por onde já passei desenvolvendo o programa Seja a Mudança, uma das primeiras percepções que surge dos participantes é sobre como eles julgam as pessoas com quem convivem antes de conhecê-las melhor. Durantes as atividades de aproximação, fica claro a surpresa das pessoas ao saberem disso ou aquilo sobre alguém que jamais imaginavam ser possível. E aos poucos as barreiras vão caindo e todos se dão conta de que as histórias de vida que cada um tem para contar são parecidas e que o que se “achava” antes não é nada mais do que um grande equívoco. 
 
É preciso ter a consciência de que o julgamento é a porta de entrada para a prática do bullying.

Com isso, peço para que vocês reflitam sobre o seguinte:
 
Filosofia do coração – algumas questões a serem consideradas:
 
> Você e cada pessoa que você encontrar, veio ao mundo com um coração puro e cheio de brilho.
 
> Todas as pessoas neste planeta um dia foram consideradas fofinhas, engraçadinhas, preciosas e até mesmo milagrosas.
 
> Em algum momento, como parte do nosso processo de crescimento, nós todos sofremos de alguma forma.
 
> Independente da origem, da gravidade ou do número de vezes que fomos machucados, cada um de nós naturalmente começa a se proteger e a proteger nossos corações.
 
> Criamos barreiras e muros entre nossos corações e os outros para nos proteger de outros sofrimentos.
 
> Estas proteções podem tomar a forma de escudos de comportamentos autodestrutivos, tais como: abuso de drogas, desordem alimentar, gozações em excesso, negativismo, violência e ate mesmo suicídio.
 
> Quanto mais nos protegemos, mais começamos a nos relacionar com os outros através dos nossos escudos, ao invés de nos relacionarmos com nossos corações.
 
> Às vezes, nos conectamos com os outros através das nossas cicatrizes porque permitimos que nossas feridas definam quem nós somos.
 
> Independente das nossas cicatrizes e feridas e das proteções que usamos ninguém é intrinsecamente ruim ou “sem conserto”.
 
> Como a luz dos nossos corações nunca se apaga, ela está sempre disponível para ser descoberta. Talvez o processo da descoberta faça parte da jornada da nossa alma.
 
“Julgamentos nos impedem de ver a bondade que se esconde  além das aparências.” Wayne Dyer.

Comentários