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Publicado: Terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Jorge Parmezzano - Meu último chefe

Parmezzano, além de ser o nome de um famoso queijo, é também o sobrenome de um antigo chefe. Acho que foi o meu último chefe, graças a Deus. Chefe mesmo, daqueles bigodudos, que queriam tudo direitinho, mesa arrumada, caligrafia bonita, prazos cumpridos... Olha, não foi fácil.

Corria a década de 1980 e Itu estava recebendo as primeiras indústrias multinacionais como as americanas Jacuzzi e Starret, a francesa Porcher, a espanhola Verdez e tantas outras.

Foi nesse “pacote” que veio também a brasileira Rádio Frigor, empresa do ramo de peças de refrigeração, em cuja diretoria estava nada menos que o Sr. Paulo Francini, que tive o prazer de conhecer e que desde aquela época até hoje aos 72 anos é o guardião da indústria paulista, sendo ainda hoje vice-presidente do Conselho Superior de Economia da Fiesp. É dele a frase repetida pela imprensa: "O capital não tem patriotismo. O empresário não é suicida, ele quer é ter lucro".

Bem, mas o que interessa aqui é o Parmezzano. O Jorge Parmezzano Filho. Na ocasião ele trabalhava na Rádio Frigor em São Paulo, ali na ponte dos remédios e não hesitou em mudar-se para Itu para comandar a nova planta da empresa.

Passamos por muitos apertos, por estávamos vivendo uma mudança seríssima. Nessa época, passou-se a exigir dos trabalhadores do interior, o mesmo desempenho e profissionalismo dos trabalhadores da capital, que tinham recebido treinamentos e capacitações diversas, além de melhores salários.

Aprendi muito nessa época. Era a transformação da indústria no Brasil e o começo da Globalização.

E não é que dias desses encontrei o Jorge Parmezzano, ali pelos lados de Salto? Pois é, ele está agora com ... anos, não vou falar a idade, mas parece um garoto. E a Lú, esposa de sempre também.

Caramba, o tempo passa. Fiquei feliz, quando eles disseram que pretendem mudar-se para Itu. Venham mesmo. Já o convidei até para montarmos uma empresa juntos, só que desta vez, eu serei o chefe.

Bem vindo a Itu, caro chefe.

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