Joões, Marias e Josés
De Joões, Marias e Josés
Anda o mundo composto, lés a lés,
Que são principalmente os que exercitam suas fés
No “jogo democrático”, elegendo Manés e Barnabés
Não que Manés e Barnabés
Sejam necessariamente a fraude
Que tanto defraudam Joões, Marias e Josés,
Que entretanto,
Foram eleitos por eles próprios, com pompa, circunstância e laude
Da total inconsciência da vida nas galés.
Inconsistentes, inconscientes escravos a remar a própria vida
Ao compasso dos tambores e horrores que os escravizam.
Sem norte, sem sorte, sem rumo,
Sem noção de destino ou porto de chegada,
não suspeitando que em vidas, vielas ou veredas de esperançosa vinda,
Impõe-se com valor decisório, sinalizá-las consciente e indelevelmente à ida,
Conclamando atenção e responsabilidade ética, aos meros Manés e Barnabés,
Que governam e legislam soltos, em plena e maquiavélica “liberdade” e
manobra,
Livres, livres, a seu belo prazer e tática conveniência,
Que sem querer aperceber-se ser dever dos eleitos não servir-se,
mas SERVIR aos que os elegem,
Tentem primeiro saber para que servem as marés,
Ou sentido nas vidas, dos Joões, Marias e Josés,
Sem o quê, não irão longe no tempo, na escala de valores e da democracia,
Postulados sagrados, indeléveis e eternos,
sem os quais principalmente, em seu conjunto,
cumprem todos entretanto e tão somente, lés a lés,
sejam Joões, Marias e Josés, Manés e Barbabés,
acéfala hipocrisia,
Atados ao ritmo, da própria ilimitada fantasia,
Ao compasso musical estrambótico
de inconsciente, egocêntrica e nefasta autofagia.
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