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Publicado: Sábado, 4 de julho de 2009

Jesus na sinagoga

 
Décimo Quarto Domingo Comum.
Dia 5 de junho. 2009.
Evangelho segundo Marcos (1, 1-6)
  
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam.
Quando chegou o Sábado, começou a ensinar na sinagoga.
Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam:
 
“De onde recebeu ele tudo isso? Como conseguiu tanta sabedoria?
E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos?
Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão?”
 
E ficaram escandalizados por causa dele.
 
Jesus lhes dizia:
 
“Um profeta só não é estimado em sua própria pátria, entre seus parentes e familiares.”
 
E ali não pode fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos.
 
E admirou-se com a falta de fé deles.
 
Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.
 
 
Andava Jesus – começo de missão – pelos seus trinta anos presumíveis. E, dentro do costume da época, no sábado se dirige à sinagoga e ocupa a tribuna. Somente com essa sua inesperada atitude, já é possível deduzir o espanto de seus conterrâneos. Terão acontecido provavelmente aqueles cochichos à socapa, com perguntarem-se as pessoas entre si, o que ele, modesto carpinteiro, iria fazer ali.
 
Jesus toma da palavra e, com propriedade e segurança, se expressa com admiráveis leituras, explicações e ensinamentos. Demonstra conhecer, como ninguém, o Livro dos livros.
 
Aí o alvoroço cresceu.
Quem é ele para falar assim? Não é um dos nossos, que, com seus familiares não poderia agora demonstrar tanta erudição.
 
Em resumo: Jesus é tomado como se fora um presunçoso. No fundo, invejado também.
 
O povo, de uma maldade férrea, não sucumbiu à evidência de seu saber e da sua postura firme e natural. Não, um simples carpinteiro não poderia alçar-se assim, sem mais nem menos, à guisa de mestre.
 
Essa reação contristou Jesus, ao ponto de ele lamentar tanta falta de fé, justamente de seus iguais. E, ali mesmo, Jesus proclama aquela assertiva que atravessa os séculos, de que ninguém tem méritos dentro da própria terra, sequer de amigos e parentes.
 
Santo de casa não faz milagres, consagrou o vulgo ao longo dos tempos.
 
A partir daí – e coerentemente – Jesus começou a percorrer localidades outras, na sua missão evangelizadora.
 
 
 
 
 
 
 
 
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