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Publicado: Quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Jesus Cristo: Alfa e Ômega

Não me sinto no direito de desmerecer nenhum fundador de religião. Respeito Buda, Confúcio, Maomé, Allan Kardec e outros. Sempre há entre eles alguns méritos acima dos normais. Mas o mínimo de objetividade e senso crítico, exige que não se situe no mesmo nível todos os fundadores de religiões. Uma leitura dos livros tidos como sagrados prova serem inconciliáveis o cristianismo e as outras religiões, ainda que todos tenhamos de conviver no respeito mútuo e na fraternidade.

Jesus Cristo, como se lê no livro do Apocalipse, é situado como o “alpha e o ômega” – o “princípio e o fim” – da obra criadora e da história da salvação. Ele é o Sol. Todos mais podem ser estrelas de segunda grandeza, mas jamais estarão à altura do jovem de Nazaré, hoje adorado por cerca de dois bilhões de cristãos católicos, ortodoxos e protestantes.

Judeu, ele viveu na Palestina, há dois mil anos. Nasceu de uma mulher proclamada “bendita” e “cheia de graça”. Veio ao mundo em uma gruta de Belém, nos “tempos do rei Herodes, rei da Judéia”. Perseguida por ele a Sagrada Família se refugiou no Egito, retornando a Nazaré depois de sua morte. Tiveram uma vida simples. Maria como dona de casa e José como carpinteiro. A criança “crescia em idade, sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens”. Cumpridores das leis mosaicas, peregrinavam ao Templo de Jerusalém todos os anos.

Aos 30 anos Jesus deu início à sua vida pública. Reuniu em torno de si doze homens e conviveu com eles por três anos, preparando-os para darem continuidade à sua missão. Fez discípulos, contrariou fariseus e doutores da lei, proclamou as bem-aventuranças, insistiu no mandamento novo do amor, dando a vida por todos. Curou enfermos, ressuscitou mortos, acolheu as crianças, as mulheres marginalizadas e os pecadores.

Foi preso e injustamente condenado à morte na cruz. Depois ressuscitou, como havia antecipado. Apareceu aos Apóstolos e deu-lhes um mandato missionário até os confins do mundo e dos séculos. Subiu aos céus diante dos seus discípulos admirados. Seu sepulcro continua vazio em Jerusalém. Inegavelmente, o cristianismo foi a maior revolução de todos os tempos. Depois de três séculos na clandestinidade, Constantino Magno, o primeiro imperador cristão, deu aos seus irmãos de fé a liberdade religiosa com o Edito de Milão do ano 313.

Os cristãos estão em toda parte, formando comunidades de fé, como seguidores da doutrina de Cristo. Em dois mil anos de história o cristianismo já enfrentou perseguições, martírios e crises. Um homem comum e simples, que jamais teve qualquer poder político ou econômico, não explica a continuidade do culto que lhe é prestado. Se fosse somente humana em sua origem, a Igreja já teria desaparecido na poeira dos tempos. Como personagens históricos, não há termo de comparação entre Cristo, Buda, Confúcio, Maomé ou Allan Kardec. Os Apóstolos atestaram que, além de falar como quem tem autoridade, jamais viram nele pecado algum. Em toda a história humana, somente Cristo foi um homem perfeito por sua autoridade moral, sua doutrina e sua vida.

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