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Publicado: Terça-feira, 22 de abril de 2014

Itu, nestes dias

Itu viveu dias de contagiante entusiasmo, efêmero embora, por sagrar-se o Ituano, lídimo campeão paulista de futebol. Com um pouco de imaginação e criatividade de mentores do esporte e da Municipalidade em particular, esse feito extraordinário, de especial valia por ter sido levantado diante de uma equipe da categoria do Santos, haveriam de ser colhidos muitos frutos para conveniente divulgação da cidade. Qualquer outra comuna cuidaria de estender os efeitos da conquista por muito tempo ainda.

Houve, claro, comemorações estanques aqui e ali, além da acolhida fora de hora no próprio dia da chegada dos heróis.

Mas as vitrines deveriam estar ainda engalanadas com alusões à conquista, por pelo menos uns vinte dias, além da promoção de outras homenagens. Colocação, em praça pública, de faixas coloridas, bandeiras e cartazes alusivos, bem à vista dos visitantes.

No que tange à religiosidade, celebrada condignamente a festa áurea da Cristandade, a Páscoa da Ressurreição. Os templos católicos repetiram as melhores tradições de fé. Itu é favorecida com poder contar com tantas paróquias, em face das muitas regiões do Estado e do País, extremamente carentes de mais sacerdotes.

Aliás, é ponto alto das atrações turísticas, a obrigatória visita às igrejas antigas e históricas. Ocorre, entanto, um detalhe. Tanto para os ituanos como para os visitantes, é bom e oportuno saber que igrejas de construção mais recentes, extremamente belas e acolhedoras, situam-se em vários pontos da cidade. É possível que gente de casa até, por fixar-se naturalmente aos derredores de sua Paróquia, às vezes desconheçam locais de puro deslumbramento e unção, seja pela arquitetura, seja pelo bom gosto e esmero das instalações.

Ainda voltado intrinsecamente ao tema Itu em especial, de se observar que rareiam cada vez mais as rodas de amigos na área central, poucas agora e praticamente apenas domingueiras. Deve haver gente a migrar para outros bares e esquinas, pois é nesses animados encontros dos cidadãos comuns que surgem as ideias e sugestões, capazes de melhorar e pacificar a vida deste Brasil tão desordenado.

E é um fato.

Todos e cada um, de algum modo, sabem por que tal inovação, modificação ou mera supressão devam ser feitas em Brasília. Só eles, os mandatários dos três poderes, em confortável e conveniente uníssono, é que ignoram, bem pagos e acomodados que estão nas suas macias poltronas.

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