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Publicado: Sexta-feira, 14 de março de 2008

Interpretação do Mundo

Não sabemos como vivemos no mundo. Graças a Deus as mudanças estruturais das últimas décadas não atingiram a nossa vidinha de cada dia. Isso é muito bom, pois, desde o advento da televisão pelos idos de 1950, o mundo começou a penetrar em nossas casas.
 
No princípio, a televisão constituía maravilhoso invento que permitia ver e não apenas ouvir as programações radiofônicas, com destaque especial para programações futebolísticas. Programas humorísticos, de auditórios e as já festejadas novelas, com os primeiros noticiários encantavam a todos.
 
Se, naquelas doses dosimétricas, pouco ou nenhum inconveniente se notavam, com o passar dos anos e a constante evolução tecnológica, sem perceber, passamos a ser hipnotizados por esse fabuloso invento, que transformou toda a vida social.
 
Verdade que não é só a televisão a única responsável pela tremenda e desastrosa alteração dos nossos costumes, para pior, infelizmente. Mas a sua programação, começando pela paulatina desmoralização dos bons costumes, impingiu-nos a cultura da erotização em boa parte dos relacionamentos pessoais, atingindo o auge com a ampla divulgação dos maus exemplos sob o slogan de nada poder ser censurado para não ferir a liberdade individual, cláusula pétrea das constituições dos povos civilizados.
 
A cultura religiosa que até meados do século passado alcançara o máximo, com o primado do espiritual, passou a se relativizar, com o predomínio dos novos e permissivos costumes, a ponto do divórcio ser introduzido em nosso país nos idos de 1977 (Lei n.6515 de 26/12/1997.
 
Continuamos a ser o maior país católico do mundo, mas o crescimento dos evangélicos se acentuou e, coincidência ou não, corporificou-se o fantasma da violência, que nada mais é do que a exacerbação dos crimes ou delitos.
 
Hoje domina a deusa fruto das doutrinas positivistas, a estatística, que constata a gravidez precoce em acentuada percentagem, que afirma ter diminuído a pobreza miserável, que contalibiza o número de idosos, de analfabetos, das mortes por acidentes etc.etc. e para alegria dos “envelhecidos” de 50 anos, afirma que a média de vida ultrapassou a faixa dos sessenta e oito, entristecendo sobremaneira septuagenários e octogenários que entendem ser alcançados pela morte a qualquer instante...
 
O homem vivendo sem Deus se perde nessas tolas elucubrações e torna o mundo confuso, de difícil interpretação. A maioria é católica, mas seu catolicismo sendo fraco, pela inexistência de formação adequada, a conseqüência é nos encontrarmos abismados ante o universo que nos cerca.
 
O que fazer? Onde encontrar luzes, diretrizes, apoio? Onde encontrar rebanhos onde possamos nos abrigar, conduzidos por pastores que realmente venham a conhecer as suas ovelhas e as possam conduzir a apriscos tranqüilizadores, inatacáveis pelos vorazes lobos da contemporaneidade?
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