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Publicado: Quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Infortúnio, injustiça, perseguições

  

XXXII Domingo. Tempo Comum.

Novembro, 6. -  2011.

Evangelho, conforme Mateus (5, 1-12)

Festa de Todos os Santos

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“”   Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque  verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” . “”

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O capítulo 5 de Mateus se sobressai nas escrituras como páginas da maior relevância, com especial destaque daquelas de sua abertura, com as bem-aventuranças proclamadas por Jesus.

Fazem lembrar, por sinal, que os males do ser humano derivam, em sua maioria, de três causas principais: do infortúnio, da injustiça e de perseguições.

Do infortúnio, porque se caracterizam de sobressaltos e penúrias acarretadas sem aviso e de que no mais das vezes nem se sabe de onde nem porque aconteceram. Doenças e cataclismos, os mais comuns.

Dói na alma ser injustiçado. São provocadas por de terceiros, inescrupulosos, indiferentes e insensíveis ou até maldosos por mera índole.

Ser perseguido, máxime quando impraticável sua própria defesa, sob ameaças de ainda maior represália, reduz o homem a um sofrimento, supremo e silente. Sem chances de reação ou defesa.

É aí que justamente se apresenta a infinita misericórdia divina, eficaz em  todas as circunstâncias, com o aval perfeito assegurado na proclamação das bem-aventuranças, a socorrer o homem em todas as vicissitudes, muitas vezes aqui mesmo ou na vida futura.

Aos ricos, não os atravanca necessariamente o muito possuir, desde que os bens terrenos não se transformem no seu único deus. Bom de se ressalvar contudo que a avareza tem garras afiadas... Aflitos e famintos, serão consolados e saciados. Puros de coração, misericordiosos e promotores da paz, jamais serão esquecidos por Deus.

Dores físicas e morais, as mais agudas, poderiam levar qualquer um ao desânimo, revolta ou ao desespero.

Eis, pois, nas bem-aventuranças, - lidas, meditadas e ao se lhes dar crédito e confiança, - o conforto e a certeza se não na terra, de alegrias ainda maiores nos céus.

                                                                                                                       João Paulo

     

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