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Publicado: Domingo, 29 de agosto de 2010

Implantando hábitos nocivos

O declínio da civilização é tão grande que, ao invés de nos encontrarmos superabundando em bons princípios e bons costumes, nos afogamos com excesso de más notícias e informações, consequentemente, adquirindo maus hábitos.

O que o grosso da população mais comenta vê e escuta são os noticiários que por sua vez são obsedantes no destaque aos crimes, tragédias, insólitos acontecimentos.

Nesse ritmo o mais ameno que informam diz respeito às balas perdidas que podem atingir a todos – desde criancinhas e idosos – e que policiais sobem e descem os morros cariocas, trocando tiros com traficantes (que, em fuga, ousaram invadir o famoso Hotel Intercontinental) e bandidos todos os dias. A maioria fica parada, paralisada ou corre, fugindo da contínua “brincadeirinha”.

O mais intrigante disso é que a população não reage e com isso a frouxidão vai atingindo seus líderes que não vislumbram nenhuma providência para resolverem a caótica situação.

Tais nocivos e repugnantes procedimentos vão adquirindo a força do hábito e os cidadãos de bem e todos os envolvidos nas tragédias, ao que parece, vão se conformando e aceitando as perversidades humanas.

Vez ou outra aparece um ou outro herói da dignidade que luta até o final para tentar a descoberta da verdade e punição do malfeitor ou malfeitores (caso da advogada desaparecida e assassinada).

Será que no país não se encontram cidadãos capacitados para resolverem essa crucial e fundamental questão da segurança? As eleições seriam a ideal oportunidade, mas o que se espera de candidatos destituídos de significados, impostos por partidos que talvez, em seus objetivos, só aflorem esse máximo problema da violência, da redução dos múltiplos impostos e eufemicamente apenas falem da educação como base do soerguimento total?

Meus amigos, é melhor não aprofundar nas reflexões. Seria muito exaustivo desenvolver plano de ação – naturalmente rejeitado “in limine” pelas opiniões dominantes e de resto infrutíferas, porque de há muito “filosofias” açambarcadoras manuseiam a massa popular.

Não vislumbramos situação de melhora. Os horizontes se encontram encobertos e tal qual como na realidade física, a esperança é acreditar que Deus se apiede dos pobres mortais e em amplexo de generosidade, nos salve das grandes tragédias!

Para o futebol, hoje o “ópio do povo”, contamos com a renovação imediata e total da seleção brasileira, com as esvoaçantes e simpáticas apresentações de valores novos qual madeiramento perfumado nas brasas da churrasqueira... Para o fastidioso dia a dia, porém, conformemo-nos com greve do pessoal da justiça, salário defasado dos professores, aumento dos pedágios, segurança periclitante e absolutamente nada de redução de impostos e taxas!Que forças estranhas e ocultas se empenham em implantar e manter esses hábitos nocivos?

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