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Publicado: Quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Hércules

Crédito: Divulgação/IMDb Hércules
O Hércules de The Rock não é o mesmo que estamos acostumados

A desconstrução de um mito. Essa é a premissa de Hércules, novo filme de Dwayne “The Rock” Johnson. Usando como base a mitológica história do filho de Zeus, a obra mostra uma visão totalmente diferente do que nos acostumamos – seja pelo desenho da Disney, seja pela série clássica exibida no SBT. Nesta caprichada produção dirigida por Brett Ratner, Hércules é na verdade um mercenário em busca de ouro.

Na companhia de intrépidos guerreiros, Hércules vagueia pela Grécia antiga atrás de desafios e recompensas. Escorado pelo mito criado por seu sobrinho Iolau, o personagem – que é muito bem interpretado por The Rock – parece ser invencível. Mas, diferente das histórias mitológicas, este Hércules não tem poderes além do imaginável: apenas uma extraordinária força (física e de vontade).

Quando percebe que tomou uma decisão errada, Hércules não pensa duas vezes em consertar o que fez, demostrando que o personagem tem um fundo moral maior que sua força. Aliás, Johnson mostrou neste filme que não é apenas uma montanha de músculos: o ator provou que sabe atuar bem e que está preparado para novos desafios na carreira.

Com efeitos visuais muito bem feitos e uma fotografia impecável, o filme é bem conduzido do começo ao fim. Tem uma estrutura correta, que faz o espectador se envolver com as decisões que Hércules toma ao longo dos 98 minutos de projeção. Quem vê se envolve tanto que acaba sendo ludibriado por Lord Cotys (interpretado pelo sempre brilhante John Hurt) assim como o herói.

Hércules não é nenhum aspirante ao Oscar, mas é um filme bem feito e honesto. Tem ação na dose certa, um humor irônico e sarcástico, além um design de produção de deixar todos de queixo caído. Só os faraônicos sets de filmagem já mostram quão grandiosos eram os planos dos produtores. O resultado não é espetacular do ponto de vista cênico, mas sim em diversos outros.

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