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Publicado: Quinta-feira, 8 de junho de 2017

Gestos de carinho não tem preço

Gestos de carinho não tem preço

Quando eu era criança, muitas vezes via minha avó, levando um pequeno caldeirão com sopa. Isso significava que alguém estava acamado.

Durante muitos anos, nona (como chamávamos nossa avó), socorria com suas “canjas de galinha”, parentes, filhos, amigos e quem mais precisasse.

 Acredito que foi só aos 30 anos, quando me peguei enchendo uma tigela, com mingau de aveia, para uma senhora simpática de cabelos grisalhos – que acabava de passar por uma cirurgia – que me dei conta: eu seguia os passos da minha nona distribuindo a sopa de minha geração.

Levei algumas vezes mingau de aveia e sopa para a simpática senhora de cabelos grisalhos e de repente, nos perdemos de vista. Passaram-se muitos anos e eis que, num dos supermercados da cidade, deparo-me com alguém me olhando visivelmente emocionada.

Procuro seu rosto e vejo aquela inesquecível senhora que depois de tantos anos, ali estava, e ainda se lembrava de mim...

Depois das lágrimas e dos abraços pelo reencontro, ela me ofereceu a caixinha de aveia e me diz que naquele exato momento, agradecia a Deus pelo carinho recebido, no passado, através do meu “doce mingau de aveia”.

Isso me proporcionou uma imensa alegria e momentos ricos de amizade e calor humano.

Gestos de carinho não têm preço. Tem sabor de gratidão!

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