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Publicado: Quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Futebol em Excesso

Não estou mais agüentando assistir futebol pela televisão. Há campeonatos e jogos em excesso. O futebol, maravilhoso esporte que servia para nos distrair, preenchendo os nossos vazios de ócio, se expandiu tanto, tornou-se tão frequente que, causando fastio pelo excesso, a meu ver começará a declinar perigosamente, afugentando os seus aficionados.

Temo até pela próxima Copa do Mundo, a ser realizada no Brasil daqui a dois anos, pois o fastio futebolístico irá crescendo cada vez mais provocando o desinteresse dos antigos torcedores.

Aliás, essa Copa, com a azucrinação diária das diversas mídias, a meu ver, deverá ser decepcionante para o Brasil forma natural de se dar um preste atenção aos cidadãos que cultuam o futebol, não mais como esporte, mas à semelhança de deus mitológico, pleno de fanatismo.

Justifico meu pensamento porque, ao assistir inúmeros jogos pela telinha, além das habituais leituras sobre o assunto, cheguei à conclusão que a maioria dos times evoluiu e as antigas diferenças dos grandes para os pequenos clubes não existe mais, a ponto dos resultados serem imprevisíveis, dependendo cada vez mais da sorte, do preparo físico, do treinamento (preparo técnico) etc.

Assim os times dos diversos países do mundo, nessa evolução, se equiparam ou mesmo suplantam os dos até então   decantados e famosos jogadores brasileiros. Portanto a vitória poderá acontecer para qualquer um e não seremos os vitoriosos simplesmente pela Copa ser realizada aqui no Brasil. O futebol anda tão excessivo e dominador que a dona FIFA manda e desmanda como deusa mitológica que todos procuram obedecer.

A meu ver o erro imperdoável dessa obediência será reformar desnecessariamente estádios grandiosos como o Maracanã e outros excelentes estádios, suficientes para abrigar os aficionados do futebol, cada vez mais ausentes dessas arenas pela violência e briga entre torcidas, cada vez mais freqüentes e perigosas.

Outro aspecto que precisa ser levado em conta nessas breves considerações, atinge a saúde física do atleta. Dois a três jogos por semana exaurem qualquer jogador, que deverá ter carreira cada vez mais curta, com início também cada vez mais precoce.

Estudos médicos que começam a ser divulgados salientam que o organismo dos jogadores profissionais sofre acentuadas modificações que, naturalmente, virão a prejudicar a vida normal para os seus praticantes.

Assim, esse grande esporte, por ser mal conduzido e que já está chegando ao máximo de saturação, deverá iniciar sua etapa de desaceleração, com a qual é conveniente já irmo-nos acostumando.

Ao que tudo indica, economicamente, é bom se cogitar e não perder a oportunidade para aproveitar ao máximo a negociação dos atletas. Quanto aos demais aficionados, em face da desaceleração inevitável, é bom ir preparando-se o para se conformar e tonificar o espírito com as lembranças do velho futebol que durante muito tempo foi apaixonante.

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