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Publicado: Quarta-feira, 16 de junho de 2010

Forever Young, I wanna be Forever Young...

Forever Young, I wanna be Forever Young...

O aumento da expectativa de vida ao nascer é uma das grandes conquistas da sociedade moderna. Após a Segunda Guerra Mundial a mortalidade infantil decresceu de forma expressiva, automóveis e grandes rodovias aumentaram vastamente a mobilidade influenciando diretamente nas comunidades essencialmente rurais, desta forma, millhares de pessoas deixaram o interior do país em busca de melhores condições de vida nas grandes áreas urbanas, enquanto que ao mesmo tempo foi dado as mulheres um amplo acesso aos recursos educacionais e profissionais fora do ambiente doméstico; além disso foi simultâneo o avanço nas condições de saúde e alimentação e no aprimoramento de antibióticos, voilà que o efeito sinérgico de todos estes fatores influenciaram na longevidade da sociedade industrial!

Nos últimos 20 anos, o nosso país passou do 16º para o 10º lugar entre os países de maior população idosa no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 25 anos, chegaremos a ter 15% de idosos na população total, fato comum nos países da Europa, nos Estados Unidos, Canadá e Japão. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), por volta de 2020, o Brasil tende a ser um dos países mais envelhecidos da América Latina, com em média 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos; em 2050, um em cada cinco idosos terá 80 anos ou mais no Caribe e América Latina.

E cá estamos muitos de nós, ainda, fechando os olhos para uma realidade tão e cada vez mais evidente! Não basta (apenas) procurar fórmulas para a juventude eterna, consertar rugas aqui e acolá, mentir idade, criar nomes para evitar a palavra VELHO, que têm um efeito tão pejorativo na sociedade ocidental e quando não, ser velho no Oriente é ser sábio, parece que não têm meio termo para essa coorte etária, ou é 8 ou 80, ser Velho ou não ser, ser bobinho ou vilão, eis a questão?

Sou muito mais Woody Allen quando diz que “A realidade é dura, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife”, é preciso que juntamente com as modificações da estrutura etária da população encaremos de frente que envelhecer é inevitável e vital! Menos fantasia, menos mito, mais realidade e seriedade! Temos mais que ir a luta mesmo, para viver mais e melhor!

E partindo dessa nova configuração, constata-se a importância da formação especializada de profissionais para atender de maneira qualificada as necessidades dessa parcela da população; e quanto sabem as famílias sobre o envelhecimento daquele seu ente querido? O quanto sabemos nós do que pode ser feito para envelhecer com qualidade de vida? Nos preparamos para aposentadoria? Ou apenas paramos pra pensar nisso quando estamos prestes a nos afastar do mundo, já que aposentar-se têm duas caras de uma mesma moeda; Podemos dizer então que partindo do pressuposto de que as atitudes são socialmente aprendidas, o processo educativo desempenha um papel central em qualquer projeto de mudança de atitudes em relação à velhice.

Que nos apropriemos então dos conhecimentos necessários sobre o que é ser velho, antes que o pré-conceito nos faça temer, fugir, negar a velhice, antes mesmo que o abençoado Empirismo tome a frente da situação!

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