Finalmente a OAB se posicionou
O Dr. Pedro Pulzatto Peruzzo, da Comissão dos Direitos Humanos da OAB de SP, se manifestou a favor dos alunos da Escola Antonio Manuel de Lima. No documento ele faz a ressalva que não ouviu a Diretora da Escola, mas a manifestação é a respeito da posição dos alunos.
Alunos se queixam e não querem polícia dentro da escola espancando e aterrorizando alunos. Não querem um muro separando a Escola da Fundaçao Julita. Querem uma atitude pedagógica da Diretora contra o uso de droga dentro da escola, fato que em absoluto não vai deixar de ocorrer sem um trabalho sistemático que não é um Muro que vai resolver.
Querem ser ouvidos e são gratos a Fundação Julita que atende a comunidade tem mais de meio século, Fundação que inclusive tem auxiliado a escola emprestando sua quadra de esporte ocasiões onde a quadra da escola não pode ser usada para aulas de educação física.
Para dar o benefico da dúvida ao receber ontem dia 9 a informação que a Polícia e a Direção estava acuando e ameaçando um grupo de alunos da Comissão Contra o Muro, liguei para a escola. Quem me atendeu foi o Secretário da Escola e diante das minhas perguntas me ofendeu e disse que a escola estava sim com muitos policiais e que chamaria um para falar comigo.
Diante da tentativa de me aterrorizar, respondi que falaria sim com os Policiais, iria além das perguntas acrescentar essa ” um PM dentro da escola com a função de esclarecer dúvida dos pais é legitimo? “ Só então o Secretário percebeu que não estava falando com uma mãe da escola, então se sai com essa que é pior ainda. Depois de me fazer esperar uns minutos, informa que os PMs recomendaram que eu deixasse meu nome e endereço que eles me intimariam.
Então é esse o quadro comum entre as escolas estaduais de SP;
A diferença está num pequeno grupo de alunos que resolveu corajosamente enfrentar a situação vergonhosa e encontraram apoio da OAB, apoio que sempre tenho cobrado.
Fica esse feliz exemplo para outras escolas; quando é justo os alunos podem reverter essa situação comum nas escolas.
Uma professora que tentou defender um aluno que estava sendo espancado por policiais, também estaria sendo perseguida pela direção.
Outro fato comum é o de Educadores ficarem acuados nas escolas e se calarem. Prevalece a conduta dos maus professores, que só com a união e a coragem dos alunos pode reverter esse dantesco quadro.