Feriado prolongado: abuso das escolas públicas
Feriado prolongado, abuso prolongado das escolas públicas.
Teve um tempo que toda vez que tinha feriado no meio da semana, a semana inteira não tinha aula. O nome da falta de vergonha era " ponte". Ponte que ligava o nada a coisa nenhuma. Agora ninguém fala de ponte, mas são reuniões disso e daquilo, mas aula não tem.
Nas escolas de periferia não tem aula e pronto. Sem explicação, que escola não vai dar explicações para família pobre. Já nas escolas de excelência, as boas escolas, a malandragem de sempre, carregam na lição de casa e em trabalhos.
São todas, sem exceção, mas só para dar um exemplo cito a Emef Marechal Deodoro da Fonseca, tida como uma das melhores escolas municipais do Butantã.
Todos os professores deram lição de casa e trabalho aos montes. Obriga a famíia e os alunos a passarem a semana estudando. A família junto, claro, que é muita coisa e que os professores não ensinam na sala de aula.
Os coitados dos pais, ingênuos, classificam essa esperteza da escola como "escola forte".
A família e os alunos têm que "rebolar" para apresentar tudo na semana depois do feriado.
Lembro também escola estadual faz isso. A E.E.Lucia Bueno de Castro no Taboão da Serra, que também já foi apontada como a melhor escola do estado de São Paulo, vai além.
A E.Lucia Bueno de Castro faz os pais assinarem um documento se responsabilizando e prometendo que seus filhos farão toda lição de casa e trabalho que a escola pedir, sob pena de ter a matrícula do seu filho cancelada. Os pais denunciaram que teria essa escola uma famigerada "investigação social' . Queriam saber a condição socio econômica da família do aluno candidato à vaga.
Então agora a situação está inalterada, com as famigeradas lições de casa, esperteza e malandragem que a escola pública tem como sua tônica.
Os professores que passam a montanha de lição de casa estão descansando e só voltarão na semana do dia 21 porque 'ninguém é de ferro'. Quem tem o feriadão comprometido são os pais e alunos.
Sem deixar de lembrar com muito carinho, dos educadores da escola pública. São a minoria, mas não concordam com os abusos, e estão tão angustiados quanto os pais com o rumo que a escola pública tomou.
O dia que os pais, alunos e educadores tiveram vez, a escola pública muda de cara, para o bem de todos e felicidade geral da nação.