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Publicado: Sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fé, saúde e confiança

O clima de Natal convida a uma reflexão e recolhimento, aliados ao júbilo dessa data que, como se fora produto de mágica, põe alegria nos corações e aproxima as pessoas.

Dessa sensação favorável, confia-se nos dias novos do ano que se faz anunciar, benfazejo, com esperança de saúde plena e realização dos sonhos.

Chega-se destarte com uma celeridade incrível ao cabo de mais um ano.

Sobre o fato de que se atribui mais tarefas ao dia do que as suas vinte e quatro horas suportam, já se falou aqui, até com muita repetição.

Mais uma crônica para a quinta feira vindoura, e 2010 terá se recolhido. A partir daí, reencontro mesmo, somente no ano que vem, ímpar, também começo de fase nova para o país, com uma mulher a pela primeira vez assumir o comando da nação brasileira. Fato eminentemente histórico.

Noutras partes, elas, as mulheres, já tinham e têm pontificado na chefia de governo ou de cargos importantes: Margareth Thatcher, Ângela Merkel, Cristina Kirchner e aqui para nós, agora, com igual respeito, Dilma Roussef.

Para 2011 e anos seguintes, uma grande expectativa, portanto. Houve, de parte da presidente eleita, promessa de erradicar a miséria. Evidentemente que mil outros programas estão pautados ao longo de quatro anos. Entretanto, se mesmo gradativamente chegar-se ao ponto de que a fome seja realmente extirpada no Brasil, só esse desiderato já terá justificado sua gestão. Que assim seja, pois.

Sobre a mulher como tal, cá em Itu, embrionária por ora a idéia, há quem planeje prestar-lhe homenagem condigna na data mundial que se lhe consagra, a ocorrer em março.

E, ao trazer então o enfoque principal para a cidade de Itu em si, transcorrido o ano áureo de seus quatrocentos anos, co-protagonista de boa parte dos albores da história pátria, sabe-se que foi cumprido o programa possível, consideradas as circunstâncias e exiguidade de recursos. Sonho ou quimera, alertara-se em tempo que um jubileu dessa envergadura haveria de cercar-se de promoções que viessem a reinscrever Itu no mapa do Brasil, honraria de que no passado desfrutou com méritos e garbo.

Mesmo assim, em termos oficiais e sob a iniciativa de entidades várias, houve momentos de elevada e culta comemoração.

Se se atentar, porém, a que a divulgação de que Itu é gloriosamente longeva no panorama histórico e político e por isso mesmo não precisa se circunscrever a datas, nada impede que se idealizem atos outros com essa finalidade, algo enfim muito além do que a bisonha motivação traduzida pela exibição de objetos em tamanho descomunal. Essa, uma futilidade com que se há de conviver. Mas que pelo menos não se a priorize. Quem sabe um dia cai por si no esquecimento.

Justamente com tal preocupação, embora ventilado o assunto de passagem algumas vezes, descuidou-se Itu, conhecida isto sim também pela notável e reconhecida religiosidade de seu povo, de não celebrar-se em praça pública um soleníssimo “Te Deum”, de agradecimento a tantos favores e graças. Não é sem tempo contudo que se o faça, desde que logo no início do ano que chega.

De qualquer modo, há muito que agradecer, com este tempo novo com o qual também se inaugura o esperado verão. Veja-se. Ao abrir a primeiras manchetes que recapitulam fatos relevantes dde cada ano, surge esta, com enorme destaque: “Economia mundial entra em colapso.”

Embora seja temida a possibilidade de que haja reflexos que ainda interfiram na posição do Brasil, de si por enquanto sólida e definida, até aqui imune, de rigor não se afetou ainda este país. Razões de sobejo para que a vida particular de cada um só se aprimore.

Eis o Natal!

Que as famílias não se limitem ao frenesi dos presentes e da mesa lauta. Justamente esse momento de reunião oferece oportunidade de pelo menos algumas palavras de cunho espiritual, condizentes com a data que se festeja. Afinal, quem é o centro e o ápice de todo esse clima que milagrosamente se instaura a cada ano?

Modestamente e agradecido, o articulista endereça a quantos o prestigiam e lhe recorrem a este espaço, que o Natal de cada um, portanto, se revista de muita unção, com um eloquente preito de devoção ao aniversariante.

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