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Publicado: Segunda-feira, 15 de abril de 2002

Falsas Promessas

É bom os postulantes a cargos políticos em nosso país, verem os exemplos do que vem acontecendo em toda a América Latina.
   Em campanha eleitoral, prometem o impossível de ser cumprido e quando vem a decepção e a pressão popular, não conseguem se manter no cargo.
   Já saíram os presidentes do Paraguai, Raul Cubas que deixou o cargo e o país em 1999, do Peru, Fujimori que se exilou no Japão em 2000, do Equador, Jamil Mahuad em janeiro de 2000, da Argentina, Fernando de La Rua, que não resistiu as panelaços e agora o da Venezuela, Hugo Chaves.
   Aqui no Brasil, Roseane Sarney não resistiu ao primeiro vendaval, e despencou nas pesquisas logo após, o escandalo LUNUS, em que demorou quase 45 dias para conseguir dar a última versão dos doadores da quantia de R$ 1,34 Milhão.
   O governador Garotinho do Rio de Janeiro, em seu último ato se auto concebeu uma aposentadoria vitalícia, hoje no valor de R$ 9,6 Mil, embora tenha apenas 41 anos de idade. Pode ser legal, como tantas leis feitas apenas para beneficiar a classe política, mas é totalmente imoral, ainda mais, quando sabemos das dificuldades para se aposentar em nosso país e para se viver com essas aposentadorias.
   Talvez tenha sido seu maior erro político, pois sua imagem ficou arranhada, ainda mais para um político que tenta construir esta, a base de valores religiosos e sociais.
   É realmente difícil vermos tantas medidas provisórias paradas, a espera da boa vontade da classe política para serem votadas.
   Para-se o país, porque um partido, no caso do PFL, não admite que se investigue sua candidata, e como se isto fosse um atentado ao pudor.
   E quando se dispõe a votar, ainda o fazem contra toda a população, ao aprovarem o reajuste extra para as tarifas de energia elétrica.
   Todos nos fizemos o possível e o impossível para ficarmos dentro das metas estabelecidas para se evitar o 'APAGÃO', e como prêmio por nossa boa conduta, recebemos esse presente de grego.
   Um detalhe: o lucro das empresas do setor elétrico subiu 33,9% no ano passado, período do racionamento (Folha de SP 12/04/02).
   Será que esse é o modelo do neo capitalismo do nosso querido FHC, ou seja um capitalismo sem riscos, mas aplicado apenas para as grandes comparações, pois, para o pequeno empresário, o acesso ao crédito é cada vez mais difícil.
   Também para as operadoras de telefonia fixa, que vem obtendo resultados bem abaixo do esperado, em virtude da falta de condições financeiras para pagar uma tarifa mínima e acabam devolvendo sua linha e na maioria das vezes, não pagando nem a instalação, agora vão receber também subsídio do FUST (Fundo das Telecomunicações)
   Talvez por essas e outras que nosso FHC esta tão preocupado em aprovar com urgência a lei que define o Foro Privilegiado para julgamento de seus atos, após ele deixar a presidência da republica
   Afinal já tivemos vários ex-presidentes e ministros de países vizinhos presos por ações irregulares após o termino de seus mandatos.
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