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Publicado: Domingo, 25 de fevereiro de 2007

Extirpar a Violência

Crédito: Divulgação Extirpar a Violência
João Hélio: vítima da violência
Acabar com a violência é coisa tão simples que o complexo e agnóstico homem contemporâneo não admite que assim seja, por inominadas razões, inclusive porque se exige o reaprendizado moral propugnado pelas religiões cristãs. Em julho do ano 2.000, publiquei este artigo que, com pequenas alterações, continua bem oportuno e atual.
 
A solução parece simplista, ingênua e até risível – e é assim que ela é rejeitada (além de outras óbvias objeções – todas influenciadas pelas forças ocultas e pelo “supremo” comandante infernal-), mas é de profundidade espantosa, porque alcança o cerne da alma humana. Os cidadãos e cidadãs do século XXI se encontram desalentados – quanto ao aspecto da violência e criminalidade -, pois, o conhecimento deles se cinge aos lugares comuns do desemprego e da pobreza para culparem a situação reinante. Não, ”minha gente”, expressão que proclama excelente professor para o sucesso, o que realmente está exacerbando a criminalidade é a absoluta falta de fé em Deus, ausência dos princípios religiosos, inclusive, na prática, da existência de manual, de guia ou de roteiro para se salvar a alma e o corpo.
 
Não se tratam desses manuais ou roteiros “explicativos” de funcionamentos de videocassetes, devedês, computadores ou telefones celulares de que ninguém entende nada (há um pouco de hipérbole na afirmativa), mas em tais roteiros - diga-se de passagem -, só os bens iniciados na cibernética alcançarão o reino dos céus... Mas, continuando o assunto da falta de fé, temos de seguir o ensinamento evangélico de Jesus, que perguntado sobre o que se deveria fazer para conseguir a salvação eterna, respondeu: “observai os mandamentos”. Esses mandamentos para serem observados precisam ser conhecidos e eram conhecidíssimos, em tempos que já se podem considerar distantes, através dos famosos catecismos da doutrina cristã, que poucos ignoravam e muitos sabiam de cor.
 
O pecado e o crime existiam (e sempre existirão até o final dos tempos), mas eram suportáveis, reconhecidos e devidamente combatidos. Hoje estão insuportáveis, se encontram mascarados e ao invés de rigorosamente combatidos (pois devia ter havido um aperfeiçoamento humanos nesse sentido), são estimulados pela tolerância e larga permissividade, em face da respeitabilíssima lei magna “é proibido proibir” (instituída por lobos satânicos travestidos de cordeiros). Os níveis de suportabilidade se tornando inaceitáveis esboçam-se reações e dos quatro cantos clamam-se por soluções e por medidas radicais que resolvam tais problemas. Tudo será inútil, ou meramente atenuante, paliativo, um medicamento inócuo, um placebo, se as exigências divinas, milenarmente previstas não forem seguidas.
 
O ensino do catecismo, que indica a forma de se aproximar de Deus e com Ele estabelecer alianças salvadoras, é solução simples, ao nosso alcance. A moderna empresa gráfica é rápida, pode ser econômica e permite que a mensagem salvífica seja bem difundida. Com o pábulo espiritual em suas mãos, ninguém sentiria mais fome e a caminhada seria sempre para a frente. Evangelizar é catequizar. Complementando a evangelização, a educação cívica nas escolas e o policiamento da tevê (impedindo a propaganda de “venenos psíquicos”, veja portanto, que não se trata de censura, mas de espírito educativo-), em breve tempo será possível a recuperação do combalido homem contemporâneo. As experiências passadas, principalmente quando bem sucedidas devem ser imitadas e perseguidas. Ainda há tempo de se salvar o mundo, lutando-se primeiro para acabar com a violência doméstica, barbaramente explicitada nos crimes do menino João Hélio e dos matadores de Bragança Paulista.
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