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Publicado: Sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Esteja o homem preparado, sempre

 

Décimo Nono Domingo Comum, 8 de agosto. 2010.

Continuam os evangelhos consoante narrativa de São Lucas, pois assim o prevê a liturgia deste Ano “C”, que lhe é dedicado.

Continuação da semana passada, do mesmo capítulo 12.

Versículos: 32 ao 48 ou 35-40.

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“”  Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o reino. Vendei vossos bens e daí esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acaba; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando o seu senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo, ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E, caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão se assim os encontrar! Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.

Então Pedro disse: “Senhor, tu contas essa parábola para nós ou para todos?”

E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! Em verdade eu vos digo, o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. Porém se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’ e começar a espancar os criados e as criadas e a comer, a beber ea embriagar-se, o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou nem agiu conforme a sua vontade será chicoteado muitas vezes. Porém o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”  “”

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Tanto quanto o evangelho do domingo transato, primeiro de agosto, que falava do mal da ganância, este também dispensa comentários, tamanha sua clareza e pelo óbvio de suas recomendações. Taxativas. Claras.

Dizem de como é imprescindível estar-se ligado e atento para as incertezas dos dias e horas da vida, a ponto de manter-se o homem preparado, sempre.

Se parecer a alguém que o texto é duro ou entrever nele tom ameaçador, cuide logo de rever sua observação. São recomendações, reconhecidamente porém trazidas num tom sério e sem desvios nem disfarces.

Antes, pelo contrário, fixe-se o leitor na abertura, no tratamento carinhoso como Jesus começa a falar (“Não tenhais medo, pequenino rebanho...).  Alias, na mesma frase de abertura, Jesus proclama que agrada ao Pai dar aos homens o seu reino.

A partir desta premissa, dispensam-se realmente mais reflexões e ponderações a modo que, basta ao fiel bem intencionado, ler e reler todo o longo trecho de uma passagem diferenciada na sua extensão e na profundidade de conceitos.

Traz advertências? Traz. Elas são evidentes, propensas contudo a que o fiel se debruce nelas e, se for o caso, se recomponha em sua vida.

São afinal de contas e sempre, palavras de salvação.

                                                                                                                João Paulo

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