Estava lá o tempo todo

Oi,

Esta semana fui buscar uma pessoa no aeroporto de Cumbica. Com o trânsito de São Paulo (que aliás está assustando a visita), saí com bastante antecedência e, claro, cheguei bastante cedo...que remédio, tive que passear. Descobri coisas muito divertidas.

A primeira – e, de longe, a melhor – foi o Fast Sleep. Encontrei um na ala internacional mas fiquei sabendo imediatamente, depois de pegar um informativo em papel, que há outro na ala nacional também. Fast Sleep – repouso e banho. Na da ala internacional – claro que fui visitar, rapidinho, estava com muita vontade de perguntar se havia alguém ocupando o local mas não tive coragem – há suítes, suíte para pessoas com necessidades especiais e cabines. Nas cabines, vi beliches, TVs...há também acesso internet. Claro que há banheiros, com chuveiros. Perguntando soube que é possível ficar lá só para assistir TV. Tudo é alugado por hora, mas não quiseram me dar preços...Funciona 24 horas

Ao lado, praticamente na mesma área física, há o traveller spa. Neste, às 20:30, havia um pouco de movimento. Vi lá dentro só funcionários, mas há esteira (acho que só uma) e alguns aparelhos de musculação, pesinhos, além daquelas cadeiras de quick massagem e lavatórios para lavar a cabeça e equipamentos de manicure/pedicure. Os preços são meio absurdos (por exemplo, se bem me lembro, usar a esteira por uma hora custa mais de R$ 50.00 (claro que deve haver gente lendo e dizendo que bem feito, não tem mais o que fazer no aeroporto), acho que é mais ou menos o preço da massagem.

A quantidade de pessoas comendo enquanto esperavam seus vôos partirem ou chegarem também era de chamar a atenção. Passei pela frente do Mac Donald´s no embarque (afinal, passeio é passeio), assombrosa. E acho que era o lugar onde mais se falava línguas estrangeiras. Ansiedade deve, de fato, gerar apetite (e não só em mim).

No desembarque, havia poucos vôos esperados (e aliás todos no horário, alguns até chegando uns minutos antes). Mas entre os que esperavam vi um Mario Bros e outros personagens da mesma família. Não sei o que a pessoa que eles estavam esperando achou, mas a quantidade de fotos com transeuntes que eles tiveram que tirar...acho que o faziam de boa vontade. Havia também um grupo de pessoas (namorada e amigos) esperando, com balões em forma de coração, confetes, cornetas. Segundo consta, não permitiram que lançassem o confete (embora muitos quisessem ignorar a proibição). A pessoa que eles esperavam saiu antes da que eu esperava. E era...uma pessoa absolutamente comum. Fiquei me perguntando o que tiraria as pessoas de casa numa noite de semana, em agosto, para buscar um colega/amigo no aeroporto. Acho tão melhor encontrar já na cidade....Claro que ser buscado é bom, mas hoje em dia as viagens aéreas são tão comuns que eu imaginaria que o fato deixasse de ser programa. Existem, claro, os “buscadores profissionais”, aqueles que vêm de plaquinha em punho (sem saber o que esperar), mas “buscar” também é bom, pensando bem. Quando o “esperado” aparece carregando sua mala, procurando, pode ser um grande prazer ser visto(a)!

Já me aconteceram diversas possibilidades em diferentes chegadas: 1) estar preparada para ser buscada por alguém querido e...dar certo, o que é maravilhoso!; 2) estar preparada para ser buscada por algum profissional e dar certo;3) estar preparada para ser buscada por algum profissional e ter que esperar...4) estar preparada para ser buscada por algum profissional e não dar certo durante mais de 30 minutos e, portanto, ter que partir para o plano B; 5) sair sem ser buscada, o que é normal; 6) achar que não será buscada e...encontrar alguém querido , o que é uma alegria desmedida......Como sempre, o que faz diferença é a expectativa – e o tamanho da ansiedade.

Chegar já é bom. Aeroporto não é bom, só se salva porque é o local de onde se sai e onde se chega! Mas pelo menos, ver que em Cumbica é possível se distrair...é um consolo.

Boa semana, quem sabe com um pouquinho de umidade que não fará mal a ninguém.

Beijos