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Publicado: Sexta-feira, 24 de maio de 2013

Estando bom para ambas as partes ...

 

Esse chavão criado pelo deputado Celso Russomano, que voltou à televisão depois do último pleito, derrotado que fora numa reviravolta de última hora, tem lá sua razão de ser. Pelo menos parece que funciona com igual ou maior eficiência do que dirigir-se alguém ao PROCON.  Em Itu, confessa-se, ao momento desta redação, não se apurou se vale ou não a pena levar àquele balcão os desencontros entre consumidor e comerciante. Espera-se que aqui tudo corra bem nessa área.

Comprar alguma coisa, mesmo aquelas além das imprescindíveis, deveria em tese proporcionar satisfação a quem adquire e a quem vende. Louve-se o comerciante que em casos de dúvida, concorra para que tais questões sejam resolvidas a contento, diretamente entre as partes.

Tudo no comentário de hoje vem a propósito de acontecimento recente.

Sabe daquelas coisas que você já possui e quase não usa e quando vai procurá-las não acha?

Tratava-se, no caso de duas chaves, diferentes, uma para pasta a tiracolo e outra própria à de uso executivo. Daquelas que se lhes aplica um tipo de fechos diminutos.

Apesar da certeza de que em casa as ditas pequeninas haveriam de estar bem guardadas, a questão era onde achá-las. Com o acréscimo de que a memória já não é tão prestativa como antes.

Quando se cansou de procurar, sem sucesso, o recurso foi dirigir-se, em princípio, a um chaveiro. Pois ali não havia tampouco.

Ainda na porta do estabelecimento, a incerteza: o que fazer?

As bolsas sem as chaves se tornariam inúteis, diante de uma viagem já marcada.

Veio a ideia, sem muita esperança, aliás sugerida pelo próprio chaveiro, de ir a uma loja que comercie bolsas, sacolas e equivalentes.

Que seja.

Eram nove horas da manhã.

Na rua Santa Rita, Loja “La Bolsa”, todos certamente conhecem. O número, se engano não houver, 1195.

Não se imagine que se trata de publicidade indireta ou disfarçada. Muito menos de badalçao. De modo algum. Um relato do dia a dia, nem tão corriqueiro contudo.

Houve até certo acanhamento na abordagem.

Afinal, o proprietário ainda não tinha acabado de abrir as portas. Uma vez solicitado, foi simpático e muito pronto:

- Ah, sim. Entre. Deixe ver lá dentro, disse o lojista, ao interromper aqueles trabalhos iniciais no comércio todas as manhãs.

Os minutos se passavam e por isso perdeu-se o jeito pela inusitado de tal incômodo, pois haviam decorrido mais de dez minutos, numa busca intensa de gavetas e caixas. Já se ensaiava um pedido de desculpas a fim de liberar aquele senhor pelo seu empenho.

E veio, enfim, lá de dentro:

- Pronto, achei.

Foram-lhe feitos todos os agradecimentos e, sem nenhum exagero ou afetação, também os elogios por ter sido tão prestativo e atencioso, para só depois abrir de vez o seu estabelecimento.

Existem ainda surpresas dessa ordem.

Mais uma vez, muito obrigado, senhor João Felipe.

Imenso prazer em conhecê-lo.

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