Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Esperança nas Olimpíadas

Afinal, encontramos enorme motivação para nos alegramos. Aliás, ao invés de enorme devemos trocar a palavra para positiva, pois estamos nos defrontando com fato concreto, ou seja, atitudes que precisarão ser tomadas e executadas durante sete anos para criar o espaço físico da monumental Olimpíada que ocorrerá no ano de 2016!

E o regozijo vem porque se lançarmos rápida vista sobre os descalabros existentes na sociedade, imersa em tremenda insegurança, desregramentos comportamentais, motivados, sobretudo pela degradação dos costumes, declínio da religiosidade, acredito estejam surgindo novas oportunidades de recuperação em todos os sentidos.

Nessa eufórica linha de pensamento, já me manifestei, enviando carta a distinto amigo extravasando a reflexão: “estou querendo entender e aceitar as Olimpíadas de 2016, como claro ato da Misericórdia Divina para com o Brasil, país cristão desde sua origem.

Passo aos detalhes: a grandiosidade das construções que serão necessárias (estádios, hotéis, aeroportos etc.) nesses próximos sete anos, representa esforço fenomenal, próprio de raça de gigantes (verdadeiros filhos de Deus), o que enaltece muito a nós brasileiros.

A enormidade de cidadãos e cidadãs que se envolverão, sobretudo nas sofridas tarefas de edificações terá de disponibilizar energias por sete longos anos, pois, caso contrário o objetivo não será atingido. Esse esforço, parafraseando, seria como se fosse exigido repressão sexual (continência) durante sete anos, o que significaria sensível predomínio do espírito sobre o corpo.

Essas atividades envolventes- e absolutamente necessárias- são todas positivas, de concreta materialidade. São como aquelas do padre que dedica a construir ou reformar a sua Igreja, que será mais facilmente lembrado do que aquele que cuida preferencialmente do fomento espiritual.

E o povo, a massa, induvidosamente, gosta de ver e sentir a realidade palpável. Como aquela energia a ser disponibilizada, exigirá recursos anímicos profundos e intensos, podemos inferir que os lindes da oração se encontrarão próximos a serem rompidos e assim, com essas novas formas de súplicas, a presença de Deus será intensificada, permitindo, inquestionavelmente, a melhora de vida que tanto almejamos.”

Assim, as Olimpíadas para o Brasil representam aceitação de tremendo sacrifícios, todos para obtenção de saudáveis e concretos resultados, inferindo-se que, inusitada e casualmente, estupendo processo de espiritualização também deverá tomar conta do país nos próximos sete anos!

A Misericórdia Divina é tão sutil, tão agradável à maioria, que ninguém entende que serão sete anos de sacrifícios a serem superados! Talvez seja válido terminar a crônica com aquele belo pensamento de Oséas (6,1-6): “Quia misericórdiam vólui, et non sacrificium et scienciam Dei, plus quam holocáusta.”(Porque eu prefiro a misericórdia ao sacrifício, e o conhecimento de Deus aos holocaustos).

Comentários