Colunistas

Publicado: Sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Espera

A ESPERA
 
A espera, numa definição primária, seria aquele espaço de tempo em que você não faz nada, até que o motivo dela se apresente e se realize.
Exemplo simplérrimo, o aborrecimento de se aguardar a vez em fila em locais de atendimento público. Quanto mais pressa houver, mais rapidamente a irritação se instala. Só se ameniza um pouco quando os vizinhos da frente e os de trás - os mais próximos de você - aprovam e incorporam os seus murmúrios de indignação. Logo se instalam pequenos núcleos de conversas entrecortadas e o assunto é sempre o mesmo: a revolta com o descaso dos responsáveis ou contra as instituições na infindável lista de tais ocorrências: bancos, hospitais, espetáculos, lojas e tantos outros.
Também existe tão igualmente comum, a espera de alguém para um compromisso acertado antes. Tão ruim como aguardar que alguém ou uma condução o venha buscar e não chegue nunca.
A enumeração de fatos semelhantes em termos de espécies e modalidades de espera não tem fim mesmo.
A depender, então, de qual tipo de espera alguém seja submetido, o mais adequado é ter calma. Ocupar-se de alguma coisa ou leituras ou quer que seja, que lhe desvie a atenção. Se assim não for, há o risco de além de você ficar parado muito tempo, sua reação brusca piorar a situação.
Em casos tão comuns e frequentes também, como o de se aguardar a namorada em algum ponto acertado, aí mais do que nunca treine sua paciência. Nunca esquecer que a demora dela pode estar fundada em cuidados para ela se embelezar ou estreiar um vestido, até para surpreendê-lo. Desentendimento nessa hora é briga na certa.
Já foram assunto nesta coluna aqueles minutos intermináveis, às vezes transformados em uma hora ou mais, nas saletas dos profissionais da saúde. Da parte deles, ficam seguros, porque implantou-se o cuidado de se telefonar aos clientes, para que confirmem a consulta.
Por fim, que sirva de consolo o fato, conquanto pouco comum, daquela espera que durou anos, sem que o anelo tenha se realizado. Vem a desistência, pelo cansaço e, de repente, surge a solução ou a conquista do sonho outrora alimentado.
Aí, a espera se transforma em surpresa. Agradável surpresa.
Tem fundamento em suma o adágio que corre na voz do povo: calma, muita calma nessa hora ...
Comentários