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Publicado: Segunda-feira, 25 de abril de 2011

Escola: Instituição da tortura

 

Uma chinesa escreveu um livro onde ela diz que tem que endurecer com as crianças sem considerar sua autoestima e sem respeitá-las. Gaba-se de chamar suas filhas de lixo.

A Ana Maria Braga, da Rede Globo, fez uma longa matéria no seu programa sobre o livro que se chama O GRITO DA MÃE-TIGRE.

A imprensa está babando com esse livro, apenas pelo item onde diz que o professor está sempre certo. Essa é a filosofia da imprensa em relação à escola pública. Nela, calado, o aluno já está errado.

Essa filosofia que aluno é lixo, já é a filosofia da escola pública divulgada e apoiada pela nossa imprensa. Aluno de escola pública, claro. Que aluno de escola particular, pode até ser perseguido e sofrer injustiça, mas ser espancado e humilhado ele não é.

Na escola pública tem a Ronda Escolar para proteger o professor do aluno perigoso.

Na escola particular tem segurança particular para ajudar o aluno e protegê-lo.

Interessante que uma professora aposentada de Minas Gerais, a prof. Gloria dos Reis, publicou o livro “ESCOLA: INSTITUIÇÃO DA TORTURA”. Nesta obra ela relata um pouco de sua experiência vivida na escola. Aposentou-se, criou um blog e se dedica à defesa de aluno de escola pública. A imprensa não escreveu uma linha se quer para aprovar ou divulgar o livro da professora mineira. A imprensa está tão apaixonada pela chinesa e se esquece que lá na China não tem imprensa livre. O maior sonho de um cidadão da China é ter um carro onde ele possa ir de uma província para outra.

Antes de ficar babando pelo livro da chinesa, os nossos jornalistas deviam se lembrar que se liberar geral os maus tratos, as humilhações e as perseguições que aluno de escola pública sofre, a violência será a regra e irá automaticamente para a escola particular. As babás também vão entender que espancar é para educar e não vai adiantar os ricos filmarem, que as babás terão a lei ao lado delas.

Ou será que imaginam que se liberar a violência contra criança e contra aluno vai valer só para filho de pobre?

Parece ingenuidade da imprensa que está valorizando tanto essa mulher.

Enquanto alguns são contra a violência, a favor da cultura da paz, vem uma chinesa com essa aberração, essa covardia em cima do mais fraco, com a filosofia de que não se pode considerar a autoestima da criança.

Criança não vai ser criança para sempre. Vai crescer e perpetuar o que aprendeu na infância.

Queria ver se esses jornalistas e editores de programas de televisão, que estão dando tanta importância e discutindo esse assunto, querem levar essa chinesa para ser babá de seus filhos.

Pimenta no olho de filho de pobre e de aluno de escola pública é refresco.

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