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Publicado: Segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Embaixo da roupa todo mundo é pelado!

Crédito: Leila Monsegur Embaixo da roupa todo mundo é pelado!

Uma manhã de muito frio e eu estava participando de uma vivência e propuseram da gente se banhar com água quente e ervas...

Bom, vamos lá vencer as resistências, pensei. Fomos para o sol e tiramos as roupas, umas oito mulheres.

Tinha uma menininha que também quis tirar a roupa (que lindo isso) e ficamos numa roda. Aí cada uma era banhada pela que estava ao lado.

Adorei ficarmos nuas porque observei os corpos e vi que somos todas iguais. Uma tem o bum bum um pouco mais assim, a outra o peito mais assado, mais/ menos pelos, gordurinha aqui, ali... variações sobre o mesmo tema.

Não importa mesmo se somos (sou!) mais isso mais aquilo.

Deveria ter um dia por mês/ semana em que TODOS ficássemos nus. Sem os ternos, a roupinha de marca para nos diferenciar... para tirar essa mentira de que se não estivermos no padrão estamos ferrados.

Ali ficou muito claro que esse corpo que tanto nos (me) preocupa é apenas pele, volume, pelos e isso e aquilo que a gente (eu) não vejo no espelho, porque o que fico vendo é adequação ou inadequação...

Como socialmente nossos corpos estão escondidos, e até mais quando estão com biquine e lingerie!

É muito tabu ficar nu. Nudez carregada de significados. Vestuário carregado de manipulação. Feito para embelezar, iludir, disfarçar, conquistar...

As adolescentes e jovens têm todas os mesmos peitos porque usam aquele soutien grosso que esconde a particularidade de cada seio.

Sentir o corpo como sagrado não existe, mesmo que ele continue diariamente nos servindo, realizando o milagre de nos tornar capaz de se emocionar, pensar, amar…

Somos seres humanos pelados embaixo da roupa que fazem parte da tribo humana. É muito mais do que ser gostosa, mulher feia, mulher bonita.

Foi lindo banhar a moça que estava ao meu lado com muita delicadeza... ela amamenta, por isso joguei muita água suavemente nos seus seios...
 

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