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Publicado: Sexta-feira, 6 de março de 2009

Eles se destacam

Não há como negar que em geral a Academia Brasileira de Letras seja vista como uma instituição hermética, à qual os candidatos querem chegar, movidos mais pela vaidade do que por justamente se saberem e se sentirem autênticos literatos, honraria que se lhes reconhece.
 
Resulta daí que talvez a ABL agasalhe às vezes nomes em prejuízo de outros, de maior mérito. Tampouco se desconhece a impressionante campanha que envolve as candidaturas na vacância eventual das cadeiras. O princípio de que seja aprovado o melhor, não vige. Vence quem desfrutar de maior simpatia, ou pelo menos maior influência, junto ao colegiado.
 
Na mesma linha de pensamento – quem sabe – sejam em igual forma avaliadas, as prováveis outras centenas de academias, Brasil afora.
 
Por se tomar consciência dessas e de outras opiniões sobre o que seja e do que cuidem as academias, é que, ciosa de si, a Academia Ituana de Letras, persegue com afinco a tentativa de caminhar por vias certas, tanto quanto possível. Vigilante de si própria.
 
Isso, bem entendido, no pressuposto de que sejam verdadeiras tantas ilações expedidas sobre a conceituada ABL que, instituição centenária, merece por sinal todo respeito.
 
De começo, cá em Itu, a academia é muito mais conhecida pela sigla ACADIL, uma referência a denotar simplicidade e fácil assimilação. Nenhuma pompa exacerbada, uma vez que ser solene e com ritos próprios, é da alma da própria instituição.
 
A esta altura, é de relevante importância registrar que, se existem academias difundidas em tantas cidades, centenas quiçá, também não é toda cidade que se credencie a tão alta distinção.
 
A ACADIL entra, neste julho que se avizinha, nos seus dezessete anos de existência.
 
Que não seja, pois, razão de um orgulho inócuo ou de tola vaidade a ela pertencer, mas que também não se negue a ninguém o sentimento de muita honra, por ser um dos seus membros.
 
Será impressão falsa a de se imaginar que seus componentes se fechem e se isolem do mundo em reuniões e chás.
 
A “Revista da ACADIL”, anual e em 2008 na sua décima edição, além dos trabalhos, crônicas e poesias, tem no seu fecho, tradicionalmente, em ordem cronológica, um resumo de seus feitos e eventos durante o ano. Dê-se ali uma vista de olhos e se há de constatar a plenitude, abundância e vivacidade do que faz a ACADIL.
 
Por isso mesmo, tudo quanto de peculiar, construtivo e de aprimoramento das letras brasileiras em particular, que se refira a confrades e confreiras, de puro mérito deles, se estende a esta Casa, a provocar em todos um contagiante regozijo.
 
Eis que chegou em fevereiro, da The LIBRARY of CONGRESS, através de escritório no Rio de Janeiro, ofício endereçado ao Instituto Histórico e Geográfico e Genealógico de Sorocaba, para uma solicitação. Diz que o Congresso dos Estados Unidos apreciaria receber duas obras de autores brasileiros: os livros “Paixão segundo Itu” e “Cesário Motta Junior: paladino da educação”, dos autores, respectivamente, Prof. Luis Roberto da Rocha de Francisco e Dr. Erasmo Figueira Chaves”, ambos filiados à ACADIL.
 
Representa uma distinção especialíssima aos autores, com repercussão ao bom nome da ACADIL, que com eles se congratula, como também eleva a marca vencedora da Ottoni Editora.
 
Este, um exemplo, da influência e abrangência que pode ter uma Casa de Letras, tanto por eventos e ações próprias, como em decorrência dos passos e da cultura dos seus membros.
 
Todos de parabéns.
Eles se destacaram, deveras.
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