Eleição direta para diretores de escola

A eleição direta para os diretores de escola não conta com a simpatia dos Sindicatos, nem da Apeoesp e nem da Udemo, claro. Mesmo podendo manipular as eleições, a Udemo não quer correr o risco. O projeto do Deputado ENIO TATTO do PT em São Paulo era um projeto perfeito.

A diretora eleita diretamente teria minimamente de peitar a banda podre, com ajuda dos pais. Os pais e alunos sabem de cor e salteado quem é o bom professor e quem é o tranqueira. Só não tem como cobrar.

Também não passou. Quem manda na Secretaria de Educação de São Paulo, são os sindicatos, os deputados têm interesses pessoais para que a escola pública fique como está.

Quando aparece um deputado que apresenta um projeto sério como esse não há a menor chance.

Diretor de escola municipal ganha muito bem e, portanto, era interessante que um projeto como do Vicente Candido passasse; era uma perfeita FÁBRICA DE MARAJÁS. A diretora poderia ficar seis meses, desistir e levar o salário consigo. Esse projeto, apresentado uma vez quando o Vicente Candido era vereador e outra como deputado, não passou, mas só porque ia representar despesa extra, apenas isso. Por isso as bases governistas boicotaram o projeto.

Já o projeto para diretoras de escola estadual, do Enio Tatto, dizia que a diretora, se fosse uma boa diretora, poderia se reeleger. O mandato teria tempo determinado para acabar. Ela levaria o prestígio, e os pontos - deixando assim o salário para a próxima diretora, caso não fosse reeleita e aparecesse outra com propostas melhores.

Faríamos o possível, para que a eleição tivesse a participação de todos.

Enfim, uma luz no fundo do túnel. Os pais poderiam avaliar, uma vez que tinham votado.

Minimamente iriam se sentir parte do processo educacional e responsável por ele.

Sendo um projeto de um deputado, a imprensa poderia até se interessar e divulgar. Uma grande esperança enfim.

Houve audiência pública e o projeto do Vicente Candido ficou para trás e o do Enio Tatto muito bem avaliado.

Nenhum senão. A Udemo coloca o que a gente sempre soube.

Para os sindicatos os pais não servem para nada. Pagam o imposto e tem que ficar calados.

Na Audiência Pública o projeto não teve nenhum senão.

Não passou também….

A pressão que os sindicatos exerceram em cima do deputado Enio Tatto foi brutal.

Nos corredores da Assembléia Legislativa e nos cantos se ouvia as ameaças de boicote ao Deputado Enio Tatto que não teve outra alternativa: se conformou e nunca mais apresentou um projeto que defendesse efetivamente a escola pública.

Um deputado pode não fazer a diferença, mas acende a esperança no povo. Independente do partido, que educação deveria ser interesse de todos.

O problema é que a corporação dos professores tomou conta da escola pública.

Diretora então não tem a menor chance.

Ela é apenas uma figura decorativa.

Diretora de escola pública se tiver vontade de trabalhar ela não encontra espaço.

Diretora de escola pública já entra na escola com prazo de validade determinado. Em seis meses ela já entrou na PANELA, ou desiste e vai dar aula em outra escola, aparecendo esporadicamente na escola.

Fica de novo a pergunta e a resposta.

Para que serve uma diretoria de escola pública?

A resposta:

Para nada…