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Publicado: Quinta-feira, 16 de junho de 2005

Doenças Modernas e Sem Vacinas: Vírus no Micro e Clonagem de Celular

Quando pensamos que atingimos um equilíbrio mínimo para tocar a vida, nos deparamos com problemas contemporâneos que são capazes de nos deixarem doentes e no mínimo enlouquecidos por um tempo precioso!

Certamente, você, uma pessoa normal, moderna e plugada possui um computador e um celular, que devem ser instrumentos facilitadores do seu dia a dia, do seu trabalho, lazer para filhos (mais lazer do que pesquisa de escola, claro), verdadeiros instrumentos mágicos que mudaram a nossa relação com o mundo , começando pela quebra de fronteiras.

Quebrando os limites também nos deixamos invadir, compulsoriamente por hackers e clonadores. Para todo bem, há uma força igualmente oposta e de mesma intensidade.

Quem já perdeu tudo por conta de um vírus ou já perdeu horas de trabalho por conta de uma pane na banda larga, sabe que isso produz uma doença interna silenciosa: o stress. Um tipo de stress com permissão para xingar, espernear, chutar, ficar de mau humor e depois voltar no prumo. Essa nova modalidade de stress é diferente, pelo menos preserva o fígado, órgão alvo das raivas contidas. Temos uma autorização automática para explodirmos, mas com isso ganhamos dor de cabeça e no mínimo uma alteração da pressão.

E quem foi vitima desse tipo de cyber-óbito, sabe que no primeiro dia a sensação interna da perda é quase um tsunami, mas com o passar do tempo, nos deparamos com uma vergonhosa sensação que “ dá para passar sem” , ou “ nada é insubstituível”

Quase o mesmo stress se aplica a clonagem de celular, mas com uma diferença estúpida: temos que discutir, descontar ou nos conformar nos relacionando com as “centrais de relacionamento” ou setores “clone” das operadoras. Neste caso, julgo procedente uma advertência médica: é um prenuncio de loucura explicita o que temos que ouvir e acatar, num jogo de empurra- empurra, como se ninguém conseguisse evitar que bandidos se apossem de um bem material seu e te façam pagar a conta.

Eu mesma tive recentemente meu celular clonado, abri 5 processos na operadora e uma reclamação por escrito via um jornal de grande circulação e 50 dias depois, ainda me irrito com as conseqüências, aponto de perder o freio e xingar até a próxima 5ª geração das atendentes enlatadas.

Também tive o privilégio de receber vírus no meu micro, o que para uma médica é uma impotência impar frente a uma nova doença futurista, que levou todos meus arquivos e trabalhos de 6 anos. Sem remédio. Sem vacina. Com seqüelas.

Prestem atenção ao stress embutido nas tecnologias facilitadoras, as vezes energizamos negativamente a nós mesmos por dividirmos nossa intimidade sem opção. Tenham sempre um plano “B”.

Não que eu tenha saudade das maquinas de escrever, pilhas de papeis ou telefones de manivela. Mas alguém avisou vocês que comprariam todos essas pacotes de problemas?

Se você tem sugestões de como prevenir ao invés de remediar esse tipo de stress, escrevam nesta coluna!!!

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