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Publicado: Quinta-feira, 14 de abril de 2011

Do "hosana"ao "crucifica-o"

Domingo de Ramos e Paixão do Senhor.

Dia 17 de abril: 2011.

Evangelho por Mateus. Versículos de 11 a 54, do capítulo 27.

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“”  Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou: Tu és o rei dos judeus?

Jesus declarou: É como dizes.

E nada respondeu quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou: Não estás ouvindo de quanta coisa te acusam?

Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida: Quem vós quereis que eu solte; Barrabás ou Jesus, a quem chamam de Cristo?

Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele.

Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer.

O governador tornou a perguntar: Qual dos dois quereis que eu solte?

Eles gritaram: Barrabás.

Pilatos perguntou: Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?

Todos gritaram: Seja crucificado!

Pilatos falou: Mas que mal ele fez?

Eles, porém, gritaram com mais força: Seja cruicificado!

Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!

O povo todo respondeu: Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.

Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e entregou-o para ser crucificado.

Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador e reuniram toda a tropa em torno dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo: Salve, rei dos judeus!

Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar.

Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.

Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo de sua condenação: “Este é Jesus, o rei dos judeus”.

Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: Tu que ias destruir o templo e construi-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!

Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da lei e os anciãos, também zombavam de Jesus: A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É rei de Israel... Desça agora da cruz! E acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.

Do mesmo modo, também os dois ladrões, que foram crucificados com Jesus, o insultavam: Desde o meio dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: Eli, Eli, lamá sabactani?

Que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me qabandonaste?

Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram: Ele está chamando Elias!

E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu para beber.

Outros, porém, disseram: Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!

Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.

E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na cidade santa e foram vistos por muitas pessoas.

O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:Ele era mesmo Filho de Deus!

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Uma narrativa candente, embora esta numa forma muito sucinta, faz lembrar aos cristãos, neste Domingo de Ramos, que brutal reviravolta se operara contra Jesus, pelo povo ensandecido, do “hosana” triunfal (Mt. 21, 1-11) de dias antes para o “crucifica-o” da paixão.

Própria essa reação da instabilidade emocional do povo, em todos os tempos, tão somente haja quem o instigue. Tanto para o bem como para o mal.

Ao início pois da Semana Santa, é  de se quedar na meditação do sofrimento imposto a Jesus, mas a partir do qual, expressão maior de amor, recuperou o homem ao traze-lo para a salvação e convívio dele depois, para todo sempre.

Não se pede nem se impõe expressões de tristeza e dor, mas se espera e é preciso rememorar e adorar Jesus, porque no mesmo período, logo mais, virão as alegrias do aleluia.

A ressureição de Jesus é aceno confortador ao homem, no muitas vezes também vale de lágrimas, para que jamais vá ao despero e confie no mais íntimo de seu coração.

                                                                                                                                João Paulo

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