Colunistas

Publicado: Segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Direitos básicos do cidadão

 

Estive pensando em uma matéria para encerrar o ano e decidi escrever sobre direitos básicos do cidadão, direitos os quais apesar de alguns estarem constando da legislação, outros não se fazem necessários, eis que básicos da educação, da moral e dos bons costumes.

Com a globalização, a grande carga de informações e a correria do dia-a-dia as pessoas se esquecem destes direitos, os quais podem ser encarados como simples para a grande a maioria, mas para outras, por serem ignorantes em todos os sentidos, os desconhecem.

Convivo a grande parte dos meus dias na Capital de São Paulo e posso observar praticamente que em todos os dias, estes direitos básicos são desrespeitados por várias pessoas. São direitos simples, como aquele do idoso, portador de deficiência física, gestantes e pessoas com criança de colo, tem de ter o assento de metrôs e ônibus desocupados e à sua disposição e quantas vezes nos deparamos com jovens, pessoas saudáveis sentados nestes bancos os quais simplesmente fingem desconhecer a lei e só se levantam quando solicitado por alguém e em alguns casos extremos como aconteceu recentemente, não levantam, como pode ser observado do link (http://www.youtube.com/watch?v=plFBjv6rxYU).

Há países em que basta que o pedestre coloque o pé na faixa, e os veículos param para que ele possa atravessar, diferentemente de nosso país que em muitas vezes sequer o farol vermelho é respeitado, sendo o amarelo, uma extensão deste.

O trânsito já é um inferno praticamente todos os dias e as pessoas não fazem o mínimo para que ele possa diminuir ou melhorar, todo mundo resolve sair de carro por ser mais cômodo e também porque o transporte público é um caos. As pessoas já saem de casa, nervosas, uma quer passar em cima da outra, descontrolam-se por qualquer motivo como se a vida fosse descartável e apenas prevalecesse a lei do mais forte.

O respeito que existia pelos mais idosos já não existe mais, hoje são vistos de igual para igual pela grande maioria das pessoas. Dificilmente se vê alguém ajudando um idoso a atravessar a rua, como eu fiz recentemente, onde uma senhora decidiu atravessar aonde não tinha faixa e os carros começaram a vir, eu já estava na calçada, pois pela minha idade ando mais rápido, imediatamente, voltei parei o trânsito para que ela pudesse terminar de atravessar a rua, um gesto simples que me fez perder alguns minutos e me deixou bem o resto do dia. O simples fato de eu ter ajudado aquela senhora, a qual me agradeceu com um lindo sorriso foi o suficiente para que eu me sentisse ótimo durante o resto do dia.

Graças a Deus tive uma excelente criação, fruto de meus avós e que passarei um dia para meus filhos, portanto, acima das leis, acredito que esteja a educação, não a que se aprende apenas na escola, mas principalmente aquela passada pelas gerações mais antigas e isso infelizmente parece que esta morrendo nas pessoas e nas famílias, principalmente em grandes metrópoles.

Há absurdos infindáveis, tais como aquelas pessoas as quais adentram no ônibus ou metrô ouvindo música no seu celular sem fone de ouvido, como se todos fossem obrigados a gostar do mesmo gênero musical e obrigados a ouvir a mesma música. Em São Paulo, nos ônibus há aviso de que é proibido esse tipo de conduta, mas há algumas pessoas que parecem nem ler saber, além de em minha opinião ser um desperdício de tempo ter de se preocupar com estes tipos de leis enquanto poderia se estar aprovando outras mais importantes.

Pior, pregadores que resolvem pregar suas opiniões, doutrina e religião dentro de metrô, ônibus e em lugares praticamente fechados, desrespeitando a liberdade de culto, obrigando com que pessoas ouçam sua crença, mesmo que não acreditem, imagina se todo mundo resolve fazer a mesma coisa, teríamos o som de atabaques de candomblé misturados com o som gospel, o coral dos padres e a exaltação dos pastores tudo misturado, ou seja, são direitos básicos sendo desrespeitados.

Não vou aqui dizer a famosa frase de quem ninguém é perfeito, pois discordo totalmente disso, pois somos a imagem e semelhança de Deus, filhos Dele, portanto, herdamos a Sua perfeição, apenas não a atingimos em sua totalidade e temos ainda muito a aprender. Acredito, portanto, em minha opinião, que não há justificativas para tamanha falta de educação, tamanha falta de senso comum das pessoas em respeitar direitos básicos e simples para com o próximo, principalmente os que se referem aos idosos, pois se esquecem que um dia também o serão.

Desejo a todos os meus leitores e amigos (as) do site de Itu um feliz ano novo e que possamos em 2011 fazer mais pelo próximo, como uma imensa corrente do bem, pois na verdade estamos acima de tudo fazendo por nós mesmos.

Feliz Ano Novo! 

Rogério Gimenez - [email protected]

Comentários