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Publicado: Quarta-feira, 10 de setembro de 2003

Dia da Independência

No dia sete de setembro comemoramos os 181 anos de nossa independência, mas será que realmente nos tornamos independentes?
   Quando Lula assumiu a presidência, nos vimos talvez a maior festa popular que tivemos em nosso país, com gente vindo de todas as partes do Brasil, para festejar as mudanças que a maioria do país desejava.
   O Dia da Independência deveria também ser uma festa popular, em que a população mostra todo o seu orgulho pelo seu país.
   Hoje a comemoração se destaca pelos desfiles de escolas e do exercito, com seus equipamentos velhos e obsoletos, já que não existe verba para novos investimentos.
   O orçamento das Forças Armadas para 2004, não dá. É exíguo, disse o Ministro da Defesa, José Vegas.
   A política econômica do Governo do PT continua seguindo a anterior de FHC, que quebrou duas vezes o país, tendo que se socorrer ao FMI.
   De janeiro a julho deste ano, o setor público conseguiu com muito sacrifício um superávit primário de R$ 44,3 bilhões, insuficientes para pagar os juros de R$ 89,3 bilhões (10,18% do PIB).
   Hoje, todos os brasileiros têm uma imensa dívida a ser paga, feita pelos nossos governantes e que infezlimente, todos nós teremos que pagar e que não para de crescer.
   Os impostos diretos e indiretos absorvem 41,7% dos salários, maior do que ocorre em países desenvolvidos e este também é um dos motivos para a queda do poder aquisitivo da maioria dos trabalhadores.
   Vimos na sexta feira (dia 05/09/03), a alegria e a comemoração dos nossos nobres deputados, pela aprovação da reforma tributária, que varou a madrugada.
   O texto foi resultado de um acordo entre União, Estados e Municípios, para que ninguém perdesse arrecadação, o que devera resultar em mais impostos para todos.
   Os nossos cínicos políticos festejaram a reforma tributária, que não indica ou sinaliza no sentido de estimular a atividade econômica ou a redução do desemprego, apenas em aumentar a arrecadação e cobrir o rombo de caixa produzido pela equipe econômica.
   Nós sabemos como funciona o rolo compressor do Planalto, para conseguir os seus objetivos, ou seja, o governo abriu o cofre para aprovar a reforma, conforme levantamento do SIAFI (Sistema de Acompanhamento da Execução Financeira da União).
   Isto sem contar o velho PMDB, que deu o seu apoio em troca de dois ministérios, prometidos pelo próprio presidente Lula, o famoso é dando que se recebe.
   Enquanto isso no mesmo dia em que se aprovava o projeto de reforma tributária, 15 mil pessoas desempregadas enfrentavam uma fila de até cinco horas para se candidatar a uma das 400 vagas abertas na cidade de Ribeirão Preto por uma rede de supermercados.
   Esta é a realidade em que vivemos e hoje somos reféns dos nossos credores e de investidores, (o famoso mercado), que ditam as regras e pelo qual nossos governantes dizem amém.
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